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Israel bate novo recorde de exportações de Defesa em ano de guerra

Israel estabeleceu um novo recorde nas exportações de defesa em 2023, com mais de 13 mil milhões de dólares (12,1 mil milhões de euros), num ano marcado pela guerra em Gaza, anunciou hoje o Governo.

Israel bate novo recorde de exportações de Defesa em ano de guerra
Notícias ao Minuto

13:26 - 17/06/24 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

"Pelo terceiro ano consecutivo, Israel estabeleceu um novo recorde para as exportações de defesa", disse o Ministério da Defesa num comunicado citado pela agência espanhola EFE.

Mísseis, foguetes e sistemas de defesa aérea representaram 36 por cento das exportações de armas de Israel, com as vendas a quase duplicar desde 2022, quando representaram 19% do total.

"Israel continua a ter sucesso na cooperação internacional e nas exportações da indústria de Defesa", disse o ministro Yoav Gallant, citado no comunicado.

O novo recorde nas vendas de Defesa foi alcançado num ano em que Israel iniciou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza contra o Hamas, após um ataque do grupo extremista palestiniano em solo israelita em 07 de outubro.

O ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

A ofensiva contra a Faixa de Gaza provocou mais de 37.300 mortos desde outubro, segundo um balanço do governo do Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.

"Embora as nossas indústrias estejam principalmente concentradas em fornecer as capacidades necessárias para apoiar as nossas tropas e defender os nossos cidadãos, continuam também a procurar áreas de cooperação e exportação para parceiros internacionais", disse Gallant.

Israel é um dos maiores fabricantes de armas do mundo.

As restantes exportações em 2023 concentraram-se em radares e guerra eletrónica, estações de armas e lançadores, aeronaves tripuladas e aviónica, munições e armamento.

Israel também vendeu sistemas de observação e optrónica, veículos de combate, sistemas de inteligência, informação e cibernética, 'drones', sistemas de comunicação, satélites e sistemas espaciais, e sistemas e plataformas marítimas, segundo o Ministério da Defesa.

"Desde o início da guerra, o Ministério da Defesa investiu dezenas de milhares de milhões de dólares em aquisições nacionais", declarou o diretor-geral do ministério, general Eyal Zamir, também citado no comunicado.

"Esta abordagem estratégica deverá aumentar ainda mais as nossas exportações", acrescentou.

O maior comprador de armas israelitas é a região da Ásia-Pacífico, que representa 48%, seguida da Europa, com 35% das compras.

Muito atrás estão as Américas com 9%, a América Latina com 4%, os países do Acordo de Abraão (Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Sudão) com 3% e África com 1%.

Em cinco anos, Israel duplicou as exportações de produtos de defesa e, pelo terceiro ano consecutivo, registou um lucro recorde com a venda de armas, acrescentou a EFE.

Leia Também: Hamas acusa Israel de mentir sobre "pausas táticas" no sul de Gaza

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