Johan Floderus, um cidadão sueco que trabalhava para o corpo diplomático da União Europeia (UE) e que foi detido pelas autoridades iranianas em 2022, regressou este domingo à Suécia, depois de ter estado envolvido numa troca de prisioneiros entre os dois países.
O anúncio da sua libertação foi feito no sábado pelo primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, e, além de Floderus, foi também libertado Saeed Azizi, um cidadão sueco-iraniano, de 60 anos, condenado por espionagem, em novembro.
"Estou no céu, mas emocionalmente estou no sétimo céu. Há quase 800 dias que espero por isto", disse Floderus durante uma chamada com Kristersson no voo de regresso à Suécia, divulgada pelo governo e citada pela agência de notícias Reuters.
O sueco, que foi acusado de espionagem para Israel e de corrupção e enfrentava pena de morte, revelou que já tinha sonhado com a sua liberação "inúmeras vezes", mas depois "acordava naquele maldito chão de cimento".
"Agora estou a começar a perceber que deixei o espaço aéreo iraniano e estou a caminho de casa novamente", afirmou.
Floderus foi detido em abril de 2022 no aeroporto de Teerão, após ter ido visitar um amigo que trabalhava para a embaixada da Suécia no Irão. Foi libertado após mais de dois anos graças a uma troca de prisioneiros mediada pelo Omã.
Para a libertação de Floderus e Azizi, a Suécia decidiu entregar Hamid Nouri, um iraniano que foi condenado a prisão perpétua pelo Tribunal Distrital de Estocolmo, em 2022, por ter colaborado nas execuções que ocorreram em 1988, no final da guerra do Irão com o Iraque.
Pode ver, na galeria acima, imagens do regresso de Johan Floderus e Saeed Azizi à Suécia.
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