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Segundo navio evacuado após ataque dos rebeldes Hutis, dizem EUA

O exército dos Estados Unidos anunciou a retirada da tripulação de um segundo navio atingido por um ataque dos rebeldes Hutis do Iémen, no espaço de dois dias.

Segundo navio evacuado após ataque dos rebeldes Hutis, dizem EUA
Notícias ao Minuto

06:24 - 16/06/24 por Lusa

Mundo CENTCOM

O Comando Central do exército dos EUA (Centcom), responsável pelo Médio Oriente, disse no sábado à noite, na rede social X (antigo Twitter), que os tripulantes do MV Verbena não conseguiram apagar o fogo causado por um ataque ocorrido na quinta-feira.

A tripulação foi recolhida por um outro navio mercante, disse o Centcom, que sublinhou que a fragata militar iraniana "IRIN Jamaran estava a oito milhas náuticas [15 quilómetros] do MV Verbena e não respondeu ao pedido de socorro".

O Verbena foi atingido na quinta-feira por dois mísseis de cruzeiro no golfo de Aden, ao largo do Iémen, causando um incêndio e ferimentos graves num tripulante, que foi transportado por um helicóptero para um navio militar próximo para receber tratamento médico.

Na sexta-feira, a agência de segurança marítima UKMTO, que está sob a tutela do exército do Reino Unido, disse que a tripulação do MV Tutor foi também retirada por militares do navio, danificado na quarta-feira por um ataque dos Hutis no mar Vermelho.

Pouco depois, o Centcom confirmou que "a tripulação abandonou a embarcação e foi resgatada pelo [navio de guerra norte-americano] USS Philippine Sea e forças parceiras", com exceção de um marinheiro, que continua desaparecido após o ataque dos rebeldes.

O exército dos Estados Unidos disse ainda que o Tutor, um cargueiro com bandeira da Libéria e operado por uma empresa da Grécia, "permanece no Mar Vermelho e está lentamente" a afundar-se.

Um porta-voz dos Hutis disse na plataforma de mensagens Telegram que o Verbena estava a "afundar-se no golfo de Aden depois de ser atingido por vários mísseis", e que o Tutor "corre o risco de se afundar nas próximas horas".

"Estas operações são dedicadas (...) aos nossos irmãos que lutam em Gaza", disse, acrescentando que os rebeldes "renovam o seu aviso a todas as empresas sobre as consequências de lidar com Israel e a chegada dos seus navios aos portos da Palestina".

Desde novembro que os Hutis lançaram dezenas de ataques com drones e mísseis contra navios no mar Vermelho e no golfo de Aden, perturbando o comércio marítimo global nesta área estratégica.

Aliados do Irão, os rebeldes do Iémen dizem estar a agir em solidariedade com os palestinianos no contexto da ofensiva iniciada em outubro por Israel contra o movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza.

Confrontados com os ataques, os Estados Unidos, apoiantes de Israel, criaram uma força multinacional em dezembro para proteger a navegação no mar Vermelho e lançaram ataques contra os rebeldes no Iémen em janeiro, com a ajuda do Reino Unido.

Mas os ataques não dissuadiram os Hutis, que passaram a apontar como alvos navios ligados a Israel, bem como navios norte-americanos e britânicos.

Leia Também: Exército norte-americano gastou 1.000 milhões em munições contra Hutis

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