O administrador do território de Lubero, coronel Alain Kiwewa, disse que o ataque foi perpetrado na quarta-feira na localidade de Maikengo e acrescentou que os "terroristas" também incendiaram várias casas.
"As forças armadas estão no local desde quarta-feira à tarde para garantir a segurança da aldeia e dos seus arredores", acrescentou, noticia a agência de notícias Europa Press.
Em declarações à estação de rádio congolesa Radio Okapi, o responsável disse ainda que um número indeterminado de habitantes fugiu de Maikengo para as localidades de Magurejipa e Ndjiapanda em busca de segurança. Alguns dos habitantes em fuga deslocaram-se para mais longe, para Butembo.
Por seu lado, o deputado provincial Bogombi Faisi Enoch, antigo chefe local de Bapakombe, disse que os assaltantes invadiram a cidade em pleno dia de mercado, enquanto o chefe do sector de Bapere, Macaire Sivikunula, afirmou que o exército congolês tinha lançado uma operação na zona, segundo o portal de notícias congolês Actualité.
Com este ataque, o número de mortos às mãos das ADF nas últimas duas semanas ascende a mais de 100, segundo a sociedade civil, que na semana passada denunciou o assassínio de 79 civis na região de Beni.
Todavia, as autoridades baixaram o número de mortos para 41 e afirmaram ter lançado uma operação contra o grupo.
O ADF foi criado nos anos 1990 no Uganda e está particularmente ativo no leste da República Democrática do Congo, onde foi acusado de matar centenas de civis.
O objetivo seria regressar ao Uganda, de onde saíram em 2003 após várias operações militares que reduziram as suas capacidades.
O grupo separou-se em 2019 depois de o seu líder, Musa Baluku - sancionado pelas Nações Unidas e pelos Estados Unidos - ter jurado fidelidade ao Estado Islâmico na África Central, sob cuja bandeira tem operado desde então.
A RDCongo e o Uganda assinaram um acordo de defesa em dezembro de 2021 para levar a cabo operações conjuntas no leste do território congolês.
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