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Proibição levantada: Brigada Azov começa a receber armamento dos EUA
"Esta é uma nova página na história da nossa unidade. Azov está a tornar-se ainda mais poderosa", frisou a Brigada Azov, em comunicado.
© Dmytro Kozatskiy
Mundo Ucrânia
Os Estados Unidos suspenderam a proibição de fornecer armas e treinamento norte-americanos à Brigada Azov, uma unidade militar ucraniana que é fundamental para a defesa da principal cidade portuária de Mariupol.
"Após uma análise minuciosa, a 12.ª Brigada Azov das Forças Especiais da Ucrânia passou na verificação de Leahy realizada pelo Departamento de Estado dos EUA", refere o Departamento de Estado, num comunicado citado pela Associated Press, esta terça-feira.
De recordar que a Brigada Azov está entre as unidades de combate mais eficazes e populares da Ucrânia – mas tem sido perseguida pelas suas origens como um batalhão voluntário que atraiu combatentes de círculos de extrema-direita e críticas por algumas das suas tácticas. Os EUA proibiram o regimento de usar armas americanas, citando a ideologia neonazista de alguns dos seus fundadores.
A lei dos EUA proíbe o fornecimento de equipamento e formação a unidades militares estrangeiras ou a indivíduos suspeitos de cometer graves violações dos direitos humanos. No entanto, o Departamento de Estado destacou que não encontrou "nenhuma evidência" de tais violações.
"Esta é uma nova página na história da nossa unidade. Azov está a tornar-se ainda mais poderosa, ainda mais profissional e ainda mais perigosa para os ocupantes", escreveu a Brigada Azov, em comunicado no Instagram.
Segundo a Brigada Azov, a obtenção de armas ocidentais e o treinamento dos Estados Unidos "não só aumentarão a capacidade de combate de Azov, mas, o mais importante, contribuirão para a preservação das vidas e da saúde do pessoal".
Até à decisão do Departamento de Estado, Azov estava proibido de enviar combatentes para exercícios militares ocidentais ou de aceder a armas compradas com fundos norte-americanos.
Embora a Rússia continue a retratar repetidamente a Brigada Azov como um grupo nazi, acusando-o atrocidades, sem apresentar provas, desde 2022 que a brigada tem tentado reformular a sua imagem pública, afastando-se da controvérsia em torno das suas origens ultranacionalistas.
Os soldados de Azov desempenharam um papel fundamental na defesa de Mariupol, resistindo durante semanas a um cerco e com pouca munição na siderúrgica da cidade portuária do sul, apesar dos ataques devastadores das forças russas.
Na Ucrânia, os militares da brigada são aclamados de heróis, lembrados pela defesa da extensa usina que se tornou um símbolo da guerra ucraniana contra a Rússia.
Leia Também: Scholz garante a Zelensky que não haverá "paz ditada" por Putin
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