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Procurador insta júri a condenar filho de Joe Biden por posse de arma

O procurador de acusação instou hoje o júri a condenar o filho do presidente norte-americano, Hunter Biden, defendendo que "ninguém está acima da lei" e acusando-o de mentir sobre uso de drogas quando comprou uma arma em 2018.

Procurador insta júri a condenar filho de Joe Biden por posse de arma
Notícias ao Minuto

20:50 - 10/06/24 por Lusa

Mundo Hunter Biden

No argumento final, o procurador Leo Wise apelou ao júri que se concentrasse nas "evidências esmagadoras" contra Hunter Biden e não prestasse atenção aos membros da família do presidente presentes no tribunal, tais como a primeira-dama, Jill Biden, e o irmão do presidente.

"As pessoas na galeria não são provas", afirmou Wise, estendendo a mão e ordenando os jurados a olharem para a família que se encontrava na primeira fila da sala de audiências.

Ao longo do argumento, o procurador recorreu a testemunhos pessoais, mensagens de texto, fotografias e as palavras de Hunter Biden no livro de memórias "Beutiful Things", que o próprio publicou em 2021, para argumentar que o filho do presidente sabia que estava viciado em crack quando assinou o formulário obrigatório de compra de armas.

Já o advogado de defesa Abbe Lowell argumentou não existirem provas de que Hunter Biden estivesse a consumir drogas nos 11 dias em que possuía a arma e considerou irrelevante o que o filho do presidente escreveu no livro de memórias, redigido depois de ficar sóbrio.

"Não há qualquer testemunha efetiva do consumo de droga durante esse período", afirmou Lowell ao júri.

A acusação sugeriu que as mensagens enviadas à viúva do seu irmão demonstravam que consumia e estava envolvido em negócios de droga nos dias que se seguiram à compra da arma.

"Em qualquer altura ele mentia-lhe sobre onde estava", assegurou o advogado de defesa, que não chamou Hunter Biden a testemunhar.

Hunter Biden declarou-se inocente de três acusações de crime decorrentes da compra, em outubro de 2018, de uma arma que tinha há cerca de 11 dias. O filho do Presidente acusou o Departamento de Justiça norte-americano de ceder à pressão política do ex-presidente Donald Trump e de outros republicanos para apresentar o caso.

Na semana passada, os advogados de Hunter Biden chamaram a depor três testemunhas, incluindo a sua filha Naomi, para tentar demonstrar que ele não se considerava um toxicodependente quando preencheu o formulário.

O caso pôs em evidência um período turbulento na vida de Hunter Biden após a morte do seu irmão, Beau, em 2015.

Uma testemunha-chave para os procuradores foi a viúva de Beau, Hallie, que teve uma relação breve e conturbada com Hunter depois da morte do marido.

Hallie disse ter encontrado a arma descarregada na carrinha de Hunter e ter entrado em pânico, atirando a arma para o lixo de uma mercearia, onde um homem inadvertidamente a recuperou.

A defesa sugeriu que Hunter Biden estava a tentar mudar a sua vida na altura da compra da arma, tendo concluído um programa de desintoxicação e reabilitação no final de agosto de 2018.

O presidente norte-americano Joe Biden afirmou, na semana passada, que aceitaria o veredicto do júri e excluiu a possibilidade de um perdão presidencial ao seu filho.

No verão passado, assumia-se que Hunter iria evitar a acusação no caso da arma, mas o acordo com os procuradores ficou sem efeito depois de o juiz, nomeado por Trump, ter levantado preocupações sobre o assunto.

Hunter Biden foi posteriormente indiciado por três crimes de posse de arma e irá enfrentar, em setembro, um julgamento por alegadamente não ter pago impostos pelo menos durante quatro anos, no valor de pelo menos 1,4 milhões de euros.

Se for condenado no caso das armas, Hunter pode enfrentar 25 anos de prisão.

Leia Também: Biden diz que não concederá perdão ao filho caso este seja condenado

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