O Parlamento Europeu indicou que a PO obteve 37,06%, contra os 36,16% do Lei e Justiça (PiS), da oposição eurocética e conservadora, uma diferença inferior aos mais de quatro pontos previstos nas sondagens de domingo.
A Confederação ultranacionalista obteve 12,08% dos votos num país que elege 53 deputados.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, qualificou a sua vitória como uma "luz de esperança para a Europa", marcando igualmente a primeira numa década no seu país.
"Esperámos exatamente dez anos pelo primeiro lugar no pódio. Estou feliz. Temos o direito de estar felizes e emocionados", declarou Tusk, após a divulgação das primeiras projeções, que atribuíam 38,2% dos votos à sua PO.
Estas eleições europeias marcam uma inversão de tendência nos últimos dez anos na Polónia, em que o PiS, liderado pelo dirigente histórico Jaroslaw Kaczynski, surge pela primeira vez como partido derrotado.
O líder do PiS reconheceu a sua deceção com os resultados, mas indicou esperança de melhorá-los nos próximos desafios, já a começar nas presidenciais no próximo ano.
"Sabemos o que fazer para aumentar este resultado. Vamos unir-nos e não há dúvida de que o caminho para a vitória nas eleições mais importantes, primeiro as presidenciais e depois as parlamentares, está aberto", declarou.
A campanha eleitoral foi inteiramente dominada pelo tema da segurança militar, económica e energética, cuja importância é reconhecida por 95% dos polacos, segundo as sondagens, e por toda a classe política da Polónia, país membro da NATO e da UE, vizinho da Rússia e que está entre os mais fortes apoiantes de Kiev.
A Polónia presidirá à UE no primeiro semestre de 2025, sucedendo à Hungria.
No total, cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da UE foram chamados a escolher a composição do próximo Parlamento Europeu, elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura anterior. A Portugal cabem 21 lugares no hemiciclo.
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