"Os outros países (...) pediram-nos para esperar antes de doar o sistema Gripen", disse o porta-voz do Ministério da Defesa, Pål Jonson, numa mensagem enviada à agência France-Presse (AFP).
A decisão foi anunciada em Bruxelas, onde o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, assinaram hoje um acordo de cooperação bilateral que inclui a entrega pela Bélgica de 30 aviões F-16 até 2028.
"Os nossos parceiros de coligação (...) sublinham que a introdução simultânea de dois sistemas de combate aéreo é muito complexa e que devemos agora concentrar-nos na introdução do sistema F-16 na Força Aérea ucraniana", explicou Jonson.
Os Países Baixos e a Dinamarca lideram uma coligação de 11 países que se comprometeram a entregar estes caças de fabrico norte-americano à Ucrânia, bem como a formar pilotos ucranianos para os operarem.
Outro obstáculo à possível entrega do Gripen a Kyiv é a falta de "disponibilidade de pilotos ucranianos", disse o porta-voz sueco.
Em setembro passado, o Governo sueco anunciou que os pilotos ucranianos tinham completado com sucesso a formação inicial nos aviões Gripen.
"Não excluímos a possibilidade de enviar Gripens numa data posterior, mas estamos agora a concentrar-nos no sistema F-16", adiantou.
Os pilotos e técnicos ucranianos estão atualmente a receber formação na Dinamarca sobre o F-16.
A Suécia contabiliza mais de 90 aviões de combate JAS 39 Gripen do fabricante Saab.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
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