Geórgia quer reformas radicais antes de eleição decisiva para adesão à UE
A Presidente pró-europeia da Geórgia, Salome Zurabishvili, apelou hoje à realização de reformas radicais antes de eleições parlamentares decisivas, que se realizam num contexto de crise política devido a uma lei sobre a "influência estrangeira", que ela vetou.
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Mundo Geórgia
A Geórgia deve "criar uma nova realidade política", afirmou, num discurso proferido no Dia da Independência da Geórgia, no exterior do palácio presidencial.
A chefe de Estado apelou a todos os partidos políticos pró-europeus para que apoiem a sua iniciativa, formando uma frente unida da oposição antes das eleições parlamentares de outubro, que se perspetivam decisivas para a candidatura da Geórgia à União Europeia (UE).
Zurabishvili criticou ainda várias leis adotadas pelo partido no poder, o Georgian Dream, considerando-as "prejudiciais para o percurso europeu da Geórgia".
"Temos de ser capazes de abrir negociações para a adesão à UE o mais rapidamente possível", defendeu a Presidente, antes das eleições, que se afiguram como o teste decisivo das aspirações europeias do povo desta antiga república soviética no sul do Cáucaso.
Vários partidos da oposição apoiaram a iniciativa de Salome Zurabishvili contra o Georgian Dream, acusado de fazer descarrilar a Geórgia do seu caminho para a adesão à UE e de querer conduzir Tbilisi de regresso à órbita da Rússia.
O partido no poder controla uma grande maioria no parlamento e espera-se que, na próxima semana, anule o veto da Presidente ao controverso projeto de lei sobre a "influência estrangeira", semelhante à que vigora na Rússia e exige que qualquer organização não-governamental ou meio de comunicação social que receba mais de 20% do seu financiamento exterior se registe como uma "organização que prossegue os interesses de uma potência estrangeira" e se submeta ao controlo administrativo.
A Geórgia é candidata oficial à adesão à União Europeia desde dezembro de 2023.
Embora o Georgian Dream apoie oficialmente o objetivo consagrado na Constituição de um dia aderir à UE e à NATO, o partido, que está no poder desde 2012, intensificou nos últimos anos as medidas para aproximar o país de Moscovo.
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