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Vídeo de MNE israelita a criticar Espanha é "escandaloso e execrável"

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha classificou hoje como "escandaloso e execrável" uma montagem em vídeo divulgado pelo homólogo israelita com imagens do atentado de 7 de outubro misturadas com duas pessoas a dançar flamenco.

Vídeo de MNE israelita a criticar Espanha é "escandaloso e execrável"
Notícias ao Minuto

14:02 - 26/05/24 por Lusa

Mundo José Manuel Albares

"Eu vi o vídeo, ainda antes de viajar para Bruxelas [...], é escandaloso e execrável. Todo o planeta sabe, incluindo o meu colega israelita que nós condenámos o Hamas e as suas ações", disse José Manuel Albares, em conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Mohammad Mustafa, em Bruxelas (Bélgica).

O vídeo divulgado por Israel Katz na rede social X (antigo Twitter) começa com duas pessoas a dançar flamenco, seguindo-se imagens alegadamente captadas por milicianos do movimento islamita Hamas durante o atentado de 07 de outubro de 2023.

O vídeo é acompanhado por uma mensagem no centro, onde é possível ler "Hamas: Gracias España", aludindo à ideia de que o reconhecimento do Estado da Palestina por parte de Espanha beneficiaria o movimento considerado terrorismo.

José Manuel Albares reiterou que o reconhecimento do Estado da Palestina é legítimo, da mesma maneira que "o povo israelita tem direito a um Estado", e que está em linha não só com a solução dos dois Estados, como também com as resoluções das Nações Unidas para esse fim.

A Palestina é reconhecida por 143 países e na próxima semana Espanha, Irlanda e Noruega avançarão com o reconhecimento.

O ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros disse que o Governo ainda ia avaliar as alegações feitas pelo homólogo israelita, sem especificar se haverá ações diplomáticas de resposta, mas rematou que "assim que puder", vai ver assistir a um espetáculo de flamenco, alegando que é um tipo de arte que agrega e celebra a união.

Portugal alterou a sua posição em relação a este assunto com a mudança de Governo, apesar de continuar a defender a solução dos dois Estados.

O ministro dos Negocios Estrangeiros anterior, João Gomes Cravinho, chegou a admitir reconhecer a Palestina como Estado em pouco tempo, mas o seu sucessor, Paulo Rangel, descartou para já esse cenário. 

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, reforçou na semana passada essa recusa, para já. 

[Notícia atualizada às 15h13]

Leia Também: Autoridade Palestiniana pede que países acompanhem "decisão" de Espanha

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