Deputados acusam Milei de usar fundos públicos em viagem a Espanha
Três deputados acusaram o Presidente da Argentina e o responsável pelas relações com a Santa Sé de utilizar fundos públicos para a realização de uma viagem "de caráter estritamente pessoal" na semana passada a Espanha.
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Mundo Argentina
A queixa, apresentada conjuntamente na sexta-feira por Fernando Carbajal, Pedro Jorge Galimberti e Manuel Ignacio Aguirre, deputados da oposição União Cívica Radical, aponta para os crimes de desvio de fundos públicos, burla e fraude contra a administração pública, factos que os parlamentares qualificaram como "um golpe na confiança e transparência que devem prevalecer na gestão dos assuntos públicos".
"É inaceitável que os recursos do Estado sejam utilizados para financiar viagens privadas e atividades pessoais, desviando fundos que deveriam ser utilizados em benefício dos cidadãos", afirmou Aguirre, referindo-se à viagem de Javier Milei, na semana passada, a Madrid, onde participou num evento organizado pelo partido de extrema-direita espanhol Vox e se reuniu com empresários espanhóis.
Numa mensagem publicada na sua conta na rede social X (antigo Twitter), Aguirre insistiu na necessidade imperativa de uma investigação exaustiva, para esclarecer os factos e "garantir que os responsáveis sejam levados à justiça".
A queixa surge depois de, a 17 de maio, o deputado Gabriel Solano, do Partido Obrero de Buenos Aires, ter feito as mesmas acusações contra o Presidente argentino e a irmã, Karina Milei.
O Governo argentino admitiu na sexta-feira que a visita do Presidente Javier Milei a Espanha pode ser considerada privada em termos diplomáticos.
Ao mesmo tempo, reconheceu que o Governo não usa esse tipo de termo, porque poderia levar a mal-entendidos "em linguagem coloquial", já que a agenda incluía uma reunião com empresários que seria de interesse nacional.
Quanto ao secretário de Culto, Francisco Sánchez, a denúncia alega que "uma passagem de primeira classe foi paga com fundos públicos e as generosas ajudas de custo correspondentes foram concedidas" para seis dias de missão, de acordo com informações publicadas pelo portal de notícias argentino Página 12.
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