Itália retoma financiamento à UNRWA quatro meses após suspensão

A Itália retomou o financiamento à Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), que estava suspenso desde janeiro, após acusações de Israel.

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© JAAFAR ASHTIYEH/AFP via Getty Images

Lusa
25/05/2024 11:23 ‧ 25/05/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani, fez este anúncio em Roma, quando se realiza uma visita oficial do primeiro-ministro palestiniano, Mohamed Mustafa, a Itália.

"Informei Mustafa que o Governo providenciou novos subsídios para a população da Palestina, num total de 35 milhões de euros, que se somam aos que já tinham sido concedidos em resposta à crise", afirmou Antonio Tajani, citado pela imprensa local.

Deste montante, cinco milhões de euros vão diretamente para a UNRWA.

Os restantes 30 milhões de euros destinam-se à iniciativa "Food for Gaza", lançada pela Itália em colaboração com a Organização das Nações Unidas (ONU).

A UNRWA viu o seu financiamento reduzido após a acusação de Israel de que alguns dos seus membros participaram no ataque do movimento Hamas de 07 de outubro.

Países como os Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália e Finlândia, além da Itália, suspenderam o financiamento a esta agência após as acusações.

O ministro italiano dos Negócios Estrangeiros garantiu que o financiamento é retomado após uma comissão independente ter assegurado não existirem provas das acusações feitas por Israel.

O conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, e causou cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, segundo dados oficiais israelitas.

Nesse dia, 252 pessoas também foram feitas reféns e enviadas para o território palestiniano. Atualmente, 121 pessoas permanecem retidas em Gaza, dos quais 37 já estarão mortas, segundo o Exército de Telavive.

Em resposta, as forças militares israelitas desencadearam uma ofensiva devastadora na Faixa de Gaza, onde o Hamas, classificado como "organização terrorista" por Israel, União Europeia e Estados Unidos, assumiu o poder em 2007.

Leia Também: Borrell avisa Israel que decisões do TIJ são "vinculativas"

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