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Dois detidos por ligações ao incêndio que matou 137 pessoas no Chile

Duas pessoas foram detidas no Chile por suspeitas de serem responsáveis pelo incêndio florestal que matou 137 pessoas no início de fevereiro, no centro do país, disseram as autoridades chilenas.

Dois detidos por ligações ao incêndio que matou 137 pessoas no Chile
Notícias ao Minuto

06:13 - 25/05/24 por Lusa

Mundo Chile

O Ministério Público da região de Valparaíso confirmou nas redes sociais, por volta das 21:00 de sexta-feira (02:00 de hoje em Lisboa), a segunda detenção e indicou que os dois suspeitos deverão ser formalmente acusados ainda hoje.

Horas antes, o diretor da polícia de investigação chilena, Eduardo Cerna, tinha confirmado, durante uma conferência de imprensa, a detenção do primeiro suspeito.

De acordo com a imprensa chilena, trata-se de um bombeiro de 22 anos que tinha ingressado no corpo de bombeiros -- que não é uma força voluntária no Chile -- há um ano e meio.

O violento incêndio começou a 02 de fevereiro, em quatro focos simultâneos no Parque Natural do Lago Peñuelas, perto da cidade de Viña del Mar, 110 quilómetros a noroeste da capital, Santiago, e espalhou-se rapidamente devido ao forte vento e temperaturas extremas.

A alta densidade populacional em terrenos de difícil acesso, somada à seca prolongada no Chile, dificultou as tarefas de extinção das chamas, que atingiram os municípios de Quilpué e Villa Alemana.

Pelo menos 137 pessoas morreram, cerca de 16 mil foram afetadas e milhares de casas destruídas pelo incêndio que devastou a região turística de Valparaíso, de acordo com o balanço final das autoridades do Chile.

"O trabalho de campo, a recolha de provas, a análise e o cruzamento de informações permitiram localizar, estabelecer padrões de comportamento e dados geográficos de movimentação" do bombeiro detido, disse Cerna.

Na mesma conferência de imprensa, a ministra do Interior, Carolina Tohá, garantiu que a investigação permitirá elucidar "como uma pessoa que está naquela instituição teve comportamentos deste tipo" e pediu que o caso "não manche a função e o reconhecimento que [o Corpo de Bombeiros] tem na sociedade chilena".

"Estamos completamente arrasados com o que aconteceu, é um incidente completamente isolado", disse à imprensa o comandante do 13º Corpo de Bombeiros da cidade de Valparaíso.

"Protegemos Valparaíso há mais de 170 anos e não podemos permitir que tais coisas aconteçam", acrescentou Vicente Maggiolo.

O governador regional, Rodrigo Mundaca, disse à comunicação social que as autoridades de Valparaíso suspeitaram desde o início que o incêndio tinha origem criminosa e sublinhou que "perder 137 vidas é um dano irreparável e merece a punição máxima".

"Todos os habitantes de Viña del Mar sabiam que se tratava de um ataque intencional", disse a autarca da cidade, Macarena Ripamonti.

O Presidente chileno, Gabriel Boric, descreveu o incêndio de fevereiro, registado em pleno verão austral, como a "maior tragédia" que o país enfrentou desde o terramoto de 2010, ao qual se seguiu um maremoto, que provocou 500 mortos.

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