Um alpinista queniano que desapareceu com o seu guia enquanto tentava escalar o monte Everest sem oxigénio suplementar, na manhã de quarta-feira, foi encontrado morto, anunciaram as autoridades nepalesas, esta quinta-feira.
O corpo de Joshua Cheruiyot Kirui foi localizado a cerca de 19 metros abaixo do cume da montanha mais alta do mundo, segundo disse o Departamento de Turismo do Nepal, citado pela ABC News.
O alpinista pretendia atingir o topo do Everest sem oxigénio suplementar e ser o primeiro africano a fazê-lo.
Kirui estava acompanhado pelo guia nepalês Nawang Sherpa, que continua desaparecido. O guia teria uma garrafa de oxigénio de emergência, caso o queniano “perdesse a consciência ou enlouquecesse”.
A morte do alpinista elevou o número de vítimas mortais desta temporada para três, após dois alpinistas mongóis que desapareceram a 12 de maio terem perdido a vida.
O alpinista britânico Daniel Paterson e o seu guia nepalês, Pas Tenji Sherpa, também continuam desaparecidos, depois de a sua expedição ter sido atingida por queda de gelo na encosta norte do Everest, na terça-feira.
Reinhold Messner e Peter Habeler foram os primeiros homens a chegar ao cume do Everest sem oxigénio suplementar, em maio de 1978.
Em 2022, James Kagambi tornou-se o primeiro queniano a atingir o pico do Everest, aos 62 anos.
O Nepal emitiu mais de 900 licenças para escalar as suas montanhas este ano, incluindo 419 para o Everest, o que se traduziu em mais de cinco milhões de dólares (cerca de 4.604.300 euros) em lucro.
No ano passado, mais de 600 alpinistas alcançaram o cume do monte Everest. Contudo, 18 pessoas morreram durante a travessia, tendo sido a temporada mais mortal.
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