De acordo com o diretor do Hospital Al Razi, Fawaz Hamad, um palestiniano de 30 anos morreu hoje de manhã em consequência dos ferimentos. Entre os mortos estão mais dois adolescentes de 15 e 16 anos, além dos dois rapazes da mesma idade baleados na terça-feira.
A operação militar terminou hoje, segundo informou um porta-voz militar à agência espanhola EFE, quase 48 horas depois de ter começado, na manhã de terça-feira, quando francoatiradores se posicionaram nos telhados e jipes militares e escavadoras destruíram ruas e casas.
O exército israelita provocou "a destruição deliberada de infraestruturas e propriedades, incluindo ruas, bancas de vegetais, lojas comerciais e veículos, ao mesmo tempo que ocupou dezenas de casas e as transformou em postos avançados no meio de confrontos violentos", detalhou a agência palestiniana Wafa.
Os soldados "encontraram explosivos localizados sob as estradas para atacar as tropas durante a operação", referia na quarta-feira um comunicado militar, acrescentando que dois elementos das milícias palestinianas atiraram explosivos contra as tropas.
Além disso, outras 19 pessoas ficaram feridas, incluindo o jornalista Amr Manasra, depois de um atirador ter aberto fogo contra um grupo de jornalistas perto do hospital governamental Jalil Salman, segundo testemunhas e imagens de um vídeo publicado 'online'.
A Cisjordânia ocupada está a viver a sua maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005) e, até agora, em 2024, pelo menos 191 palestinianos foram mortos por fogo israelita, a maioria deles suspeitos de serem militantes ou agressores, mas também civis. Entre os mortos estão mais de 30 menores, segundo os números divulgados.
Do lado israelita, 10 pessoas morreram em oito ataques palestinianos em 2024, incluindo quatro militares uniformizados e seis civis, incluindo três colonos.
O ano de 2023 foi o mais mortífero em duas décadas, com mais de 520 mortes, mas depois do ataque do Hamas, em 07 de outubro, o exército israelita intensificou as suas já frequentes incursões. Desde então, foram mortos pelas tropas na Cisjordânia 518 palestinianos e uma dezena de colonos.
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