"Consagração do direito do povo". Abbas saúda reconhecimento da Palestina

O Presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmoud Abbas, congratulou-se hoje com o reconhecimento do Estado palestiniano por Espanha, Irlanda e Noruega, uma decisão que será formalizada em 28 de maio.

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Lusa
22/05/2024 09:39 ‧ 22/05/2024 por Lusa

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Palestina

A decisão contribui para a "consagração do direito do povo palestiniano à autodeterminação na sua terra", disse a presidência da ANP num comunicado.

Contribui também "para a adoção de medidas reais de apoio à implementação da solução de dois Estados", acrescentou, segundo a agência espanhola EFE.

Irlanda, Espanha e Noruega anunciaram hoje que vão reconhecer o Estado da Palestina em 28 de maio.

O anúncio ocorre em plena guerra entre Israel e o grupo extremista palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

O Hamas controla Gaza desde 2007, depois de ter expulsado do território o partido Fatah, de Abbas, que governa a Cisjordânia.

Para Abbas, a decisão hoje anunciada "é um contributo dos países que acreditam que a solução dos dois Estados é uma opção que representa a vontade e a legitimidade internacional".

"É consistente com os princípios do direito internacional, que reconhece o direito dos povos a libertarem-se do colonialismo e da opressão e a viverem em liberdade, justiça e independência", defendeu, segundo a agência noticiosa palestiniana WAFA.

O secretário-geral da Organização de Libertação da Palestina (OLP), Husein al-Sheikh, também considerou tratar-se de "um momento histórico após longas décadas de luta nacional palestiniana, sofrimento, dor, ocupação, racismo, assassínio, opressão, abuso e destruição".

"Agradecemos aos países do mundo que reconheceram e reconhecerão o Estado independente da Palestina. Afirmamos que este é o caminho para a estabilidade, a segurança e a paz na região", afirmou.

Fundada em 1964 e liderada por Yasser Arafat de 1968 até à sua morte, em 2004, a OLP agregou diferentes movimentos palestinianos, incluindo o partido Fatah, do próprio Arafat.

Na sequência do acordo de paz israelo-palestiniano de 1993, foi criada a Autoridade Nacional Palestiniana, com sede em Rammallah, na Cisjordânia.

Mahmoud Abbas, atualmente com 89 anos, é presidente da ANP desde janeiro de 2005, depois de um breve período em que o cargo foi exercido interinamente por Rawhi Fattouh, após a morte de Arafat, em novembro do ano anterior.

O anúncio de hoje significa que a Palestina passará a ser reconhecida por 11 Estados-membros da União Europeia, dado que Espanha e Irlanda se juntarão a Bulgária, Chipre, República Checa, Hungria, Malta, Polónia, Roménia, Suécia e Eslováquia.

Nas Nações Unidas, já reconheceram unilateralmente o Estado da Palestina 137 dos 193 membros da organização, de acordo com a Autoridade Nacional Palestiniana.

[Notícia atualizada às 10h40]

Leia Também: Espanha e Irlanda (também) vão reconhecer o Estado da Palestina

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