Filho de destacado ativista conservador condenado por ataque ao Capitólio

Um filho de um destacado ativista conservador foi sentenciado hoje a quase quatro anos de prisão, pelo que os procuradores consideraram um assalto "incessante" ao edifício do Congresso dos EUA, em 2021.

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© AFP via Getty Images

Lusa
17/05/2024 23:30 ‧ 17/05/2024 por Lusa

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EUA

Leo Brent Bozell IV, de 44 anos, natural de Palmyra, no Estado da Pensilvânia,foi um dos primeiros amotinados a entrar no Capitólio e um dos primeiros a chegar à sala do Senado, durante o ataque ocorrido em 06 de Janeiro de 2021.

No seu percurso, partiu os vidros de uma janela, atacou um agente da polícia e invadiu o Senado.

O pai de Bozell, L. Brent Bozell III, fundou o Media Research Center, o Parents Television Council e outras organizações conservadoras da área da comunicação social.

O jovem Bozell apresentou desculpas a dois polícias do Capitólio presentes na sala de audiências, antes de o juiz John Bates o sentenciar a três anos e nove meses de prisão.

Os procuradores pretendiam uma condenação de 11 anos e oito meses. Para tal, argumentaram que o acusado realizou "ataques sucessivos e prolongados" aos agentes da polícia, após se juntar ou liderar outros amotinados no ataque às linhas policiais em várias localizações dentro e fora do Capitólio.

Bozell foi detido em fevereiro de 2021.

Bates liderou o julgamento, sem júri, antes de considerar Bozell culpado de 10 acusações, incluindo a de obstrução à sessão conjunta do Congresso para certificar a vitória eleitoral de Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020.

Depois do comício pró-Trump, designado "Parem o Roubo" - argumento que o então presidente usou várias vezes, alegando que tinha perdido as eleições para Biden porque tinha sido roubado --, próximo da Casa Branca em 06 de janeiro, Bozell encaminhou-se para o Capitólio e juntou-se a uma multidão que penetrou os cordões policiais.

Um dos locais onde esteve foi no gabinete da então presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, de onde foi visto a sair com um objeto não identificado.

Ao longo de uma hora, Bozell circulou pelas instalações do Congresso, onde fez destruições várias, e passou pelo menos por ste barreiras policiais, antes de ter os polícias o terem conseguido expulsar, detalharam os procuradores.

Estes tinham reclamado uma acusação de terrorismo, o que teria aumentado de forma significativa a pena. Mas o juiz recusou, considerando que a acusação "não faz muito sentido neste caso".

Até agora, mais de 1.350 pessoas foram acusadas de crimes federais relacionadas com o ataque ao Capitólio. Destas, cerca de 850 já foram sentenciadas, das quais dois terços a prisão, com penas que vão de alguns dias a 22 anos.

Leia Também: Capitólio. 'Não' a pretensão de Trump de adiar processos ligados a ataque

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