Repostos voos após detenção de ex-diretor da secreta militar
As autoridades venezuelanas restabeleceram hoje os voos para Aruba e outras ilhas das Antilhas Holandesas, suspensos pelo Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC) da Venezuela, desde a tarde de sexta-feira.
© Reuters
Mundo Venezuela
Os voos foram suspensos depois de o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela emitir um comunicado condenando a detenção do diplomata e ex-diretor da Direção de Inteligência Militar, em Aruba, a pedido dos Estados Unidos.
O restabelecimento dos voos foi confirmado hoje, por três companhias aéreas venezuelanas - a Laser Airlines, a Aserca Airlines e a Avior Airlines - através das suas contas no Twitter.
"Informamos os nossos clientes de que a medida de suspensão dos voos para Aruba foi 'levantada'. Continuamos com as nossas operações", informou a companhia Laser Airlines, que, numa outra mensagem na rede social, anunciou também a realização de "um voo especial", no dia de hoje, "para transportar os passageiros afetados".
A Aserca Airlines, por seu lado, anunciou que "as operações, para e desde Aruba, ficam [hoje] reativadas".
A Avior Airlines comunicou que as operações para Aruba "estão totalmente operacionais", adiantando que, "este sábado, partirá um voo especial", para transportar os passageiros em espera desde sexta-feira.
O INAC ordenou, na tarde de sexta-feira, a suspensão, por tempo indeterminado, de todas as operações aéreas de aeroportos venezuelanos para Aruba, Curaçau, Bonaire, Saint Maarten e outras Antilhas Holandesas, depois da detenção do ex-diretor da Direção de Inteligência Militar venezuelana, general Hugo Carvajal, ocorrido quinta-feira, em Aruba, a pedido de Washington.
Segundo o diário venezuelano El Universal, a suspensão foi conhecida através de um documento afixado no "Aeroporto de Caracas Óscar Machado Zuloaga", afetando o "serviço público de transporte por via aérea, carga e correio, serviço especializado de transporte aéreo e operações da aviação em geral".
Ainda segundo o mesmo jornal a medida fez com que "uns quinhentos passageiros, a maioria venezuelanos, ficassem retidos no aeroporto Rainha Beatriz, na cidade de Oranjestad, em Aruba".
O general Hugo Armando Carvajal Barrios, que entre 2004 e 2009 dirigiu a Direção de Inteligência Militar venezuelana, foi detido quinta-feira pelas autoridades de Oranjestad, onde exerceria funções como cônsul da Venezuela.
Segundo o diário de Aruba 24Ora, aquele responsável venezuelano foi detido a pedido dos Estados Unidos, país que solicita a sua extradição por alegado envolvimento em narcotráfico e ajuda à guerrilha colombiana.
A Venezuela queixa-se que a detenção do general foi "ilegal e arbitrária", porque possuía um passaporte diplomático, e acusa as autoridades holandesas de levarem a cabo um "sequestro" e de atuarem "violando a lei internacional em vigor".
Caracas instou as autoridades de Aruba a "procederem à imediata libertação" do general, manifestando "o desejo de evitar que esta ação possa originar a deterioração das relações diplomáticas, económicas e comerciais atualmente existentes".
Uma sentença publicada hoje pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela declara "procedente" um pedido de aplicação de uma medida constitucional contra a detenção do general e insta o Governo venezuelano a exigir a sua imediata libertação e a aplicação da Convenção de Viena sobre Relações Consulares.
Entretanto, o Ministério Público de Aruba anunciou que um juiz local "decidiu que a detenção estava de acordo com a lei" e que o general continuará detido.
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