O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), Naser Kanani, condenou num comunicado "a repetição de pedidos ilegais assentes em mentiras e histórias de alguns juízes argentinos sobre cidadãos iranianos".
O diplomata reiterou que as acusações formuladas no caso da Associação Mutual Israelita-Argentina (AMIA) contra cidadãos iranianos "não têm qualquer validade" e considerou que os "pedidos deste tipo junto das autoridades judiciais de outros países não têm qualquer estatuto legal nem validade".
O porta-voz do MNE iraniano aconselhou ainda as autoridades argentinas a evitarem fazer acusações infundadas a cidadãos de outros países e a não se deixarem influenciar por inimigos das relações bilaterais entre o Irão e a Argentina.
A Argentina instou na terça-feira à detenção de Vahidi aos Governos do Paquistão e do Sri Lanka, países onde o ministro iraniano se encontra de visita, por considerá-lo um dos responsáveis pelo ataque terrorista de 1994.
"Aproveitando a sua viagem, a Argentina pediu aos Governos do Paquistão e do Sri Lanka para procederem à sua detenção, de acordo com os mecanismos previstos pela Interpol", disse o Ministério da Segurança argentino num comunicado.
Tanto a comunidade judaica na Argentina como a Justiça responsabilizam pelo ataque de 1994 à AMIA -- o maior atentado cometido em território argentino -- membros do Governo iraniano da altura e do movimento xiita libanês Hezbollah.
O Irão rejeitou qualquer envolvimento no ataque e atribuiu as acusações a "planos dos inimigos da República Islâmica do Irão, especialmente do regime sionista (Israel)".
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