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Mais de 110 civis sequestrados há seis dias no Mali

Mais de 110 civis foram sequestrados há seis dias por extremistas islâmicos no centro do Mali, informaram hoje fontes locais.

Mais de 110 civis sequestrados há seis dias no Mali
Notícias ao Minuto

13:32 - 22/04/24 por Lusa

Mundo Mali

Estes civis foram detidos na passada terça-feira a bordo de três autocarros por homens que obrigaram os veículos e os seus passageiros a dirigirem-se para uma floresta entre as cidades de Bandiagara e Bankass (centro do Mali), segundo um grupo de associações da região, que pedem a sua libertação, e um eleito local.

"Apelamos à libertação dos mais de 110 passageiros dos três autocarros sequestrados na terça-feira pelos jihadistas", declarou hoje Oumar Ongoïba, membro do grupo.

"Os três autocarros e os mais de 120 passageiros ainda estão nas mãos dos jihadistas", declarou um eleito de Bandiagara, que deseja manter o anonimato por razões de segurança.

Após o sequestro, circularam rumores de que o exército maliano iria libertar os civis sob a sua custódia.

Na terça-feira, o mesmo grupo de associações de Bandiagara emitiu um comunicado de imprensa denunciando a "persistência dos ataques terroristas", o "número crescente de deslocados" nas cidades e a "inação das forças armadas" na região, sem mencionar o sequestro.

Desde 2012, o Mali tem sido assolado pelas atividades de grupos filiados na Al-Qaida e no Estado Islâmico, pela violência dos grupos de autodefesa e pelo banditismo. A crise de segurança está associada a uma profunda crise humanitária e política.

A violência alastrou aos países vizinhos Burkina Faso e Níger, precipitando golpes militares nos três países.

O Mali, o Burkina Faso e o Níger romperam a sua antiga aliança com a antiga potência dominante, a França, para se voltarem militar e politicamente para a Rússia, tendo formado, em novembro, a Aliança dos Estados do Sahel (AES) e anunciado a sua retirada da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Os militares no poder no Mali desde 2020 tinham prometido organizar eleições presidenciais em fevereiro para dar lugar a um regime civil.

Mas o primeiro-ministro do Mali nomeado pelos militares, Choguel Kokalla Maïga, declarou este mês que a junta só organizaria eleições para o regresso dos civis ao poder quando o país estivesse definitivamente estabilizado.

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