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Khan chama comissário da polícia após incidente com ativista israelita

O presidente da câmara de Londres, Sadiq Khan, convocou hoje para uma reunião urgente o comissário da Polícia Metropolitana, após um agente ter chamado a um ativista israelita "claramente judeu", durante um protesto pró-palestiniano na capital britânica.

Khan chama comissário da polícia após incidente com ativista israelita
Notícias ao Minuto

19:29 - 21/04/24 por Lusa

Mundo Reino Unido

Fontes citadas pela estação televisiva Sky News afirmaram que o autarca londrino mantém "total confiança" no comissário, Mark Rowley, apesar de o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, estar "indignado" com o sucedido.

Na reunião, Khan e o comissário da polícia debaterão "relações com a comunidade" na sequência do incidente, ocorrido há exatamente uma semana.

O ativista em causa é Gordon Falter, diretor da organização não-governamental (ONG) Campanha Contra o Antissemitismo, e no vídeo divulgado, um agente policial impede-o de atravessar uma rua durante uma manifestação pró-palestiniana.

"Você é claramente judeu", disse o polícia a Falter, que usava o tradicional quipá na cabeça.

"Esta é uma marcha pró-palestiniana. Não estou a acusá-lo de nada, mas preocupa-me como vão reagir as pessoas", acrescentou.

Falter, que respondeu que estava apenas a caminho de uma sinagoga, foi ameaçado de detenção se não saísse dali.

Na Faixa de Gaza, está em curso uma guerra de Israel contra o grupo islamita palestiniano Hamas desde o ataque a 07 de outubro do ano passado de militantes do movimento -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e .

Tratou-se de um ataque sem precedentes em território israelita desde a criação do Estado judaico, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e 250 reféns, cerca de 130 dos quais permanecem em cativeiro e 34 terão entretanto morrido, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

A guerra para "erradicar" o Hamas, que hoje entrou no 198.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 34.079 mortos, mais de 76.200 feridos e milhares de desaparecidos presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com números atualizados das autoridades locais.

O conflito fez também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que já está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios ocupados pelo Estado judaico, pelo menos 482 palestinianos foram mortos desde 07 de outubro pelas forças israelitas e em ataques perpetrados por colonos, além de se terem registado mais de 3.000 feridos e quase 7.000 detenções.

Os colonatos judeus na Cisjordânia, nos quais residem mais de 490.000 israelitas -- e que continuam a expandir-se - são todos ilegais à luz do direito internacional.

Leia Também: Israel dá por terminadas operações em campo de refugiados na Cisjordânia

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