A mulher que levou o tio idoso sem vida para o banco, em Bangu, Rio de Janeiro, na passada terça-feira, para assinar um empréstimo de 17 mil reais (cerca de 3 mil euros), foi agredida na prisão.
A advogada de Erika de Souza Vieira Nunes, revelou, em declarações à CNN Brasil, que a mulher foi agredida dentro do estabelecimento prisional de Benfica, uma zona no Rio.
"Erika sofreu represálias dentro da prisão. Ela contou que, assim que ela chegou, atiraram-lhe água e comida. Pedi isolamento e agora ela está resguardada, graças a Deus", revelou Ana Carla de Souza Corrêa.
A advogada esclareceu que Erika sofre de "depressão" e teve "um surto", só se tendo apercebido que o tio morreu quando os meios de emergência médica atestaram o óbito.
Funeral foi gratuito
Ana Carla Corrêa esteve no velório e no funeral do idoso, de 68 anos, que decorreu no sábado, numa cerimónia simples, no Cemitério de Campo Grande.
Segundo a imprensa brasileira, a família terá conseguido um funeral gratuito, um benefício da autarquia do Rio de Janeiro para quem não tem condições de arcar com os custos.
Recorde-se que tudo terá acontecido na terça-feira, quando Érika levou o cadáver do tio a um banco para que o homem fizesse um empréstimo em seu nome.
As funcionárias bancárias acharam toda a situação muito estranha, uma vez que o homem não conseguia segurar a cabeça, nem mexer-se, e Erika tentava convencê-lo a assinar um documento.
Perante a situação invulgar, as funcionárias do banco decidiram gravar o que se estava a passar, um momento que foi amplamente partilhado nas redes sociais.
"Tio, está ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor", pode ouvir-se.
A mulher acabou por ser detida e na esquadra disse ser responsável por tomar conta do tio, que estava debilitado. As autoridades tentam agora apurar as causas da morte do homem.
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