Jovens saíram à rua na capital da Geórgia em manifestação pró-europeia
Centenas de jovens marcharam esta sexta-feira na capital da Geórgia, Tbilissi, numa manifestação em que pediram a integração na União Europeia (UE) da antiga república soviética, liderada por um partido acusado de ser próximo da Rússia.
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Mundo Geórgia
Com bandeiras com as cores da UE e com gritos de ordem "Na Europa", um dos líderes do movimento perguntou ao megafone: "Para onde vamos?".
A mesma pergunta tinha sido feita aos seus adeptos no mês passado pela estrela do futebol georgiano Khvicha Kvaratskhelia, após a histórica qualificação da seleção nacional para o Euro2024.
Mas esta sexta-feira à noite, foi a política a ser discutida nas ruas de Tbilissi, noticiou a agência France-Presse (AFP). A Geórgia tem atualmente estatuto de país candidato à UE.
A capital georgiana assistiu esta semana a manifestações em massa, contra a intenção do partido no poder de aprovar uma lei que pretende combater a "influência estrangeira", mas que a oposição denuncia como uma cópia da legislação que na Rússia permitiu ao Kremlin reprimir qualquer contestação.
Bruxelas alertou que a adoção deste tipo de lei poderia destruir as hipóteses de a Geórgia aderir à UE.
E as manifestações em Tbilissi realçaram a emergência de uma juventude apaixonadamente pró-europeia e intransigente quando se trata de defender a frágil democracia da Geórgia.
"Não vamos parar até que o governo reformule a sua lei russa", garantiu Lika Naskidashvili, 15 anos, durante a manifestação.
O seu amigo, Guiorgui Torochelidze, com a bandeira da UE pintada na testa, acrescentou: "Quem mais além de nós? É sobre o nosso futuro e o destino da Geórgia!"
Antiga república soviética no Cáucaso, a Geórgia adotou uma orientação pró-Ocidente há duas décadas, uma orientação há muito apoiada pelo antigo Presidente Mikheil Saakashvili, agora preso.
Mas o partido atualmente no poder, o Georgian Dream [Sonho Georgiano], é acusado de procurar levar o país de volta em direção a Moscovo.
"O nosso governo está sob as ordens da Rússia, são fantoches de Putin", garante Levan Abramia, de 16 anos.
"Mas para onde vamos?", pergunta, à multidão que o rodeia, que responde numa só voz: "Para a Europa!".
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