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Sudão. União Africana apela à diplomacia para resolver guerra

A União Africana (UA) apelou hoje para que se continue a recorrer à diplomacia para resolver a guerra no Sudão e exigiu intervenções urgentes para evitar uma situação humanitária "catastrófica" no país.

Sudão. União Africana apela à diplomacia para resolver guerra
Notícias ao Minuto

15:46 - 19/04/24 por Lusa

Mundo Sudão

"Não existe uma solução militar viável para a crise atual e só um diálogo inclusivo, liderado e controlado pelos sudaneses, conduzirá a uma solução sustentável", declarou em comunicado o Conselho de Paz e Segurança (CPS) da UA, que se reuniu quinta-feira para discutir a situação no Sudão.

"Expressamos também a nossa profunda preocupação com a rápida deterioração da situação humanitária no Sudão, que levou o país à beira da fome, e apelamos a todos os parceiros e Estados-membros para que forneçam apoio humanitário ao povo do Sudão", acrescentou.

A CPS lembrou que 24,8 milhões de pessoas no Sudão, mais de metade da população, necessitam urgentemente de assistência humanitária, segundo as Nações Unidas.

Além disso, de acordo com a organização não-governamental Save The Children, 230 mil crianças, mulheres grávidas e novas mães poderão morrer de fome nos próximos meses, a menos que recebam assistência imediata.

Apesar deste cenário, o acordo que o Exército do país e as Forças Paramilitares de Apoio Rápido (FAR) assinaram em maio de 2023 para garantir o acesso humanitário aos civis "ainda não foi concretizado", impedindo que as populações mais vulneráveis obtenham acesso à ajuda de que necessitam, lamentou o CPS.

Além disso, observou que "os esforços incansáveis para encontrar uma solução negociada para a crise do Sudão revelaram-se até agora ineficazes".

Segundo o CPS, isto deve-se, além do interesse das partes em conflito em procurar uma solução militar, à "interferência externa" e às "iniciativas paralelas" de conversações de paz.

No comunicado apelam para que o processo de paz continue a ser liderado pela Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD), um bloco de oito países da África Oriental, e pela UA, incluindo "todas as partes interessadas".

A guerra no Sudão eclodiu em 15 de abril de 2023 devido à rebelião das FAR contra o Exército sudanês, no meio de um processo político para recolocar o país no caminho democrático após o golpe de Estado de 2021.

Cerca de 15 mil pessoas morreram e mais de dez milhões de pessoas tiveram de abandonar as suas casas e estão deslocadas internamente, enquanto dois milhões de pessoas fugiram para países vizinhos.

Leia Também: Guterres pede ao Sudão do Sul medidas urgentes para realizar eleições

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