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Espanha homenageia líder da agência da ONU para refugiados palestinianos

O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, concedeu hoje a Grã-Cruz da Ordem de Isabel a Católica ao chefe da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), Phillipe Lazzarini.

Espanha homenageia líder da agência da ONU para refugiados palestinianos
Notícias ao Minuto

22:36 - 18/04/24 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

O governo espanhol atribuiu esta medalha a Lazzarini, numa cerimónia que decorreu na missão espanhola em Nova Iorque, num momento em que a UNRWA é questionada por Israel, que a acusa de conluio com o Hamas e o terrorismo em geral.

Albares está em Nova Iorque para participar na histórica sessão do Conselho de Segurança na qual será votado o pedido palestiniano para se tornar membro pleno - e não mero observador - da ONU.

Lazzarini, por sua vez, participou esta quarta-feira numa sessão do Conselho de Segurança dedicada exclusivamente à atividade da sua agência, na qual praticamente todos os participantes sublinharam a necessidade de a UNRWA continuar a prestar assistência humanitária em Gaza e na Palestina em geral, com exceção de Israel.

Em janeiro, Israel acusou doze membros da UNRWA de terem participado nos ataques terroristas de 07 de outubro contra Israel e essa acusação, ainda sem provas conclusivas, fez com que os principais países doadores suspendessem o financiamento à agência.

Gradualmente, os países reverteram essa decisão e voltaram a financiar esta agência.

Outros, como o Reino Unido, aguardam para ouvir na próxima segunda-feira os resultados de uma investigação sobre o funcionamento da agência antes de retomarem o seu financiamento.

Mas os Estados Unidos, que durante anos foram o principal apoio financeiro da agência, constatam agora que o Congresso os proibiu de fornecer fundos à agência até pelo menos março de 2025 e isto apesar do facto de diplomatas norte-americanos terem recentemente reconhecido - com base em relatórios da própria ONU - o papel central e vital da UNRWA na prestação de serviços básicos na Faixa de Gaza, sobretudo em tempos de guerra.

O conflito em curso entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas foi desencadeado pelo ataque de 07 de outubro de 2023, que provocou a morte de cerca de 1.200 israelitas, a maioria dos quais civis, e levou ao sequestro de cerca de 240 civis, dos quais mais de 100 permanecem como reféns em Gaza.

Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas quase 34.000 pessoas, a maioria das quais eram também civis.

A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.

A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.

Leia Também: Desmantelamento da UNRWA pode "acelerar o início da fome" em Gaza

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