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África do Sul exige "provas" ao Reino Unido sobre alerta de terrorismo

A África do Sul exigiu "provas" ao Reino Unido sobre a possibilidade de um ataque terrorista em território sul-africano, expressando indignação com as alegações das autoridades britânicas, anunciou hoje o governo sul-africano.

África do Sul exige "provas" ao Reino Unido sobre alerta de terrorismo
Notícias ao Minuto

17:42 - 18/04/24 por Lusa

Mundo África do Sul

O alerta de terrorismo das autoridades britânicas foi divulgado no 'site' oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido.

Em declarações à imprensa sul-africana, o diretor-geral do Ministério de Relações Exteriores e Cooperação (DIRCO, na sigla em inglês) da África do Sul, Zane Dangor, salientou que Pretória está a aguardar "provas das alegações", que considerou "infundadas".

Dangor acusou o Reino Unido de não observar os canais diplomáticos, sublinhando a "falta de comunicação" de Londres, tendo em conta o protocolo existente entre os serviços de informações dos dois países para a troca de informação antes da divulgação de um alerta, segundo a imprensa local.

No 'site' oficial do governo britânico, consultado pela Lusa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido alertou para "terrorismo na África do Sul" em caso de deslocação ao país africano, sublinhando que "é muito provável que os terroristas tentem realizar ataques na África do Sul".

"A principal ameaça provém de indivíduos que podem ter sido inspirados por grupos terroristas", incluindo o Estado Islâmico, e que podem realizar ataques tipo "ator solitário", adiantou.

De acordo com as autoridades britânicas, os alegados ataques podem ser "indiscriminados e atingir espaços públicos e locais visitados por estrangeiros, como locais turísticos, centros comerciais, eventos de grande visibilidade, e locais lotados".

"O sequestro terrorista é um risco na África do Sul", frisou o Governo britânico.

A África do Sul não condenou os recentes ataques em larga escala de 13 de abril realizados pelo Irão contra o Estado de Israel, que envolveu o lançamento de mais de três centenas de mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e 'drones', através do espaço aéreo de vários países da região.

"O Governo da África do Sul está gravemente preocupado com os desenvolvimentos no Médio Oriente, na sequência da ação retaliatória da República Islâmica do Irão contra Israel na sequência dos ataques de Israel à Embaixada do Irão em Damasco, Síria, em 01 de abril", salientou o Governo sul-africano em comunicado divulgado no domingo.

O Irão aderiu formalmente ao grupo de países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em janeiro, na sequência da 15.ª cimeira de chefe de Estado e de Governo do bloco realizada em agosto de 2023, na África do Sul.

Em 10 de agosto, a África do Sul e o Irão concordaram em cooperar no setor da Defesa, no âmbito de um vasto acordo de cooperação assinado em Pretória, a capital sul-africana, que inclui ainda os setores da Agricultura, Transportes, Ambiente, Comércio e Investimento, Ciência, Recurso Hídricos, Energia, Educação, Saúde, Desenvolvimento Social, Desporto e Cultura.

"A África do Sul e o Irão condenaram a contínua expansão ilegal da atividade de colonatos na Cisjordânia e, em particular, em Jerusalém Oriental. Igualmente preocupante para ambos os lados é o assassínio extrajudicial de palestinianos tanto em Gaza como na Cisjordânia", referiu ainda o comunicado conjunto divulgado pela diplomacia sul-africana.

Sobre "terrorismo" e "extremismo violento", Pretória e Teerão salientaram que, "embora registando a crescente ameaça do terrorismo e do extremismo na arena internacional, os dois países apelaram à participação ativa de todos os membros da comunidade internacional para combater este flagelo".

"Além disso, ambas as partes reafirmaram o papel central das Nações Unidas no combate ao terrorismo e ao extremismo e enfatizaram a importância de reforçar iniciativas eficazes. Ambas as partes concordaram em partilhar experiências e cooperar na luta contra o terrorismo e o extremismo violento", refere-se no comunicado.

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