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Blinken e Kuleba reforçam urgência de desbloquear ajuda a Kyiv

Os chefes de diplomacia dos Estados Unidos e da Ucrânia insistiram hoje na urgência de o Congresso norte-americano desbloquear o pacote de ajuda a Kyiv, para permitir ao exército ucraniano defender-se face à intensificação dos ataques da Rússia.

Blinken e Kuleba reforçam urgência de desbloquear ajuda a Kyiv
Notícias ao Minuto

11:24 - 18/04/24 por Lusa

Mundo Ucrânia

Em declarações na ilha italiana de Capri, que acolhe até sexta-feira uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, voltou a apelar à Câmara dos Representantes, de maioria republicana, que aprove o pacote de ajuda financeira à Ucrânia, bloqueado há meses.

"Neste momento, é urgente que todos os amigos e apoiantes da Ucrânia envidem todos os esforços para continuar a fornecer à Ucrânia aquilo de que necessita para se defender da agressão russa", disse Blinken, pouco antes de uma reunião com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, que, tal como o secretário-geral da NATO, foi convidado para esta reunião do grupo formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mais a União Europeia.

Kuleba, que assumiu que o ponto único da sua agenda nesta participação na reunião ministerial do G7 "é a defesa aérea", reforçou que o desbloqueamento do pacote de ajuda norte-americano é crucial para a Ucrânia "lidar com o massacre causado pelos mísseis russos", garantindo mesmo que "esta é uma questão de vida ou de morte".

Por seu lado, em declarações prestadas também à chegada à reunião em Capri, o Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, advogou "decisões mais rápidas" por parte dos países europeus e aliados "para melhor apoiar" Kyiv, já que não pode ser permitida a vitória do Presidente russo, Vladimir Putin.

"Os ucranianos estão a lutar, mas precisam de armas, e nós precisamos de fornecê-las e mais depressa", disse.

Questionado sobre o pacote de ajuda bloqueado há meses no Congresso norte-americano pela oposição republicana, o chefe da diplomacia europeia admitiu ser importante esse auxílio ser disponibilizado a Kyiv, mas advertiu que a UE também tem de assumir as suas responsabilidades "e não contar apenas com os Estados Unidos", e deve fornecer à Ucrânia o material militar de que necessita, designadamente a nível de sistema de defesa antiaérea.

"Tenho a certeza que vamos fazê-lo, mas temos de fazê-lo mais rapidamente", afirmou.

Na última madrugada, no final do primeiro dia da cimeira de líderes da UE que decorre em Bruxelas, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, garantiu que é "uma questão de dias e semanas" até os países da União Europeia enviarem os sistemas de defesa antiaérea que a Ucrânia tem incessantemente pedido.

Na abertura da sessão de trabalhos de hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, 'anfitrião' da reunião -- dado este ano o G7 ser presidido por Itália --, defendeu que "apoiar a Ucrânia significa trabalhar pela paz, pois se Kyiv perde, Putin nunca se sentará à mesa para negociações de paz".

Leia Também: "Ucrânia deixou de ser um Estado soberano. É um protetorado do Ocidente"

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