Legislação para deportar migrantes para o Ruanda volta ao parlamento

A proposta de lei do Governo britânico para deportar imigrantes ilegais para o Ruanda volta hoje à Câmara dos Comuns para nova série de debates e votações a emendas aprovadas na Câmara dos Lordes. 

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Lusa
15/04/2024 10:05 ‧ 15/04/2024 por Lusa

Mundo

Reino Unido

 

Antes das férias da Páscoa, os membros da câmara alta votaram para reintroduzir sete das 10 alterações antes rejeitadas pelos deputados, pelo que o diploma será de novo analisado na câmara baixa.  

O processo legislativo está a ser prolongado pelo chamado 'pingue-pongue' entre as duas câmaras do parlamento britânico, mas a expetativa é que o texto seja aprovado esta semana. 

O braço de ferro é, por norma, ganho pelos deputados enquanto parlamentares eleitos, enquanto os lordes são legisladores nomeados.

O Governo conservador, que tem maioria na Câmara dos Comuns, deverá anular as alterações que exijam garantias legais adicionais, incluindo uma disposição que exige "devido respeito" pelo direito nacional e internacional.

A proposta de lei é considerada essencial pelo primeiro-ministro, Rishi Sunak, para dissuadir migrantes que atravessam o Canal da Mancha em pequenas embarcações como barcos insufláveis. 

Sunak espera que os primeiros voos de deportação partam para o Ruanda ainda na primavera, obtendo assim um argumento de campanha para tentar ganhar as próximas eleições legislativas.

De acordo com o jornal The Times, o Governo britânico está em negociações com outros países como a Costa Rica, Arménia, Costa do Marfim e Botsuana, para o envio de migrantes.

Cabo Verde e Angola estarão numa lista de países que poderão ser abordados caso as alternativas anteriores falhem, segundo documentos oficiais obtidos através de uma fuga de informação.

O mesmo jornal adiantou que a Guiné-Bissau foi descartada "devido às frequentes tentativas de golpe de Estado militar, à situação precária dos direitos humanos e ao risco de os migrantes aí instalados regressarem ao Reino Unido".

Outros países africanos, como Marrocos, Tunísia, Namíbia e Gâmbia, terão rejeitado explicitamente negociações sobre esta matéria.  

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