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Argentina acusa Irão de perpetrar atentados contra Israel em 1992 e 94

A justiça argentina determinou que os atentados em 1992 e 1994 contra interesses israelitas em Buenos Aires foram ordenados pelo Irão, decisão que a comunidade judaica considerou histórica, noticiou a imprensa local.

Argentina acusa Irão de perpetrar atentados contra Israel em 1992 e 94
Notícias ao Minuto

07:50 - 12/04/24 por Lusa

Mundo Justiça

Os atentados foram perpetrados na capital argentina contra a Embaixada de Israel, em 1992, e a companhia de seguros israelita AMIA, em 1994.

A decisão da Câmara Federal de Cassação Penal II, conhecida na quinta-feira, nomeou o movimento xiita libanês Hezbollah como autor do ataque, declarou o Irão um "Estado terrorista" e descreveu o ataque à AMIA como um "crime contra a humanidade".

"O Hezbollah levou a cabo uma operação que tinha um objetivo político, ideológico e revolucionário e foi realizada sob o mandato de um governo, de um Estado", afirmou à Radio Con Vos o juiz Carlos Mahiques, um dos três juízes que proferiram a decisão.

Em 1992, 29 pessoas morreram no atentado contra a Embaixada de Israel em Buenos Aires e, em 1994, o ataque terrorista contra o edifício da Associação Mutual Israelita-Argentina (AMIA) causou 85 mortos, no que foi considerado o pior atentado da história do país.

Os juízes estabeleceram que a motivação dos dois atentados, embora múltipla, foi a política externa do antigo presidente peronista (liberal) Carlos Menem (1989-1999).

"Tiveram origem principalmente na decisão unilateral do governo, motivada por uma mudança na política externa do nosso país entre o final de 1991 e meados de 1992, de anular três contratos de fornecimento de equipamento e tecnologia nuclear celebrados com o Irão", de acordo com uma sentença paralela, consultada pela agência de notícias France-Presse, que analisa as irregularidades cometidas durante a investigação.

A sentença "é histórica, única na Argentina, e não se deve apenas à Argentina: deveu-se às vítimas", considerou o presidente da delegação das associações judaicas argentinas, Jorge Knoblovitz, em declaração à televisão LN+.

Também "abre a possibilidade de uma queixa ao Tribunal Penal Internacional, porque ficou claramente estabelecido que o Estado iraniano é um Estado terrorista", acrescentou.

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