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Aos 28 anos, prefere morrer do que viver com problema de saúde mental

Jovem neerlandesa partilhou vontade de ser eutanasiada no início do mês de abril.

Aos 28 anos, prefere morrer do que viver com problema de saúde mental
Notícias ao Minuto

09:54 - 11/04/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Eutanásia

Zoraya ter Beek tem 28 anos e decidiu recentemente que quer ser eutanasiada, ao invés de viver a sua vida com problemas de saúde mental.

A jovem, que reside na pequena cidade de Oldenzaal, nos Países Baixos, espera morrer através de eutanásia no início do próximo mês. Decisão que tomou após ter sido diagnosticada com autismo, uma depressão e transtorno de personalidade limítrofe (também conhecido como Borderline).

"Sempre estive muito ciente de que se não melhorasse não queria viver assim", partilha, revelando que decidiu que quer morrer em casa, no sofá da sala, e sem música.

A decisão foi tomada depois de a terapeuta lhe ter confirmado que a sua situação não tinha cura e que a tendência seria para piorar.

Apesar das suas certezas, Zoraya admite que teme o que virá depois da morte.

"Tenho algum receio de morrer porque é a derradeira incógnita. Nós não sabemos o que virá a seguir, se é que vem. Essa é a parte assustadora", confidencia.

Os Países Baixos tornaram-se, em 2002, no primeiro país do mundo a tornar a eutanásia legal. Desde então, mais oito países legalizaram a prática.

O professor Theo Boerin, que fez parte do grupo de revisão sobre a matéria, nos Países Baixos, entre 2005 e 2014, diz que se assistiu ao aumento do número de pessoas a querer morrer, tendo esta opção evoluído "de uma situação em que a morte é o último recurso para uma situação em que a morte é uma opção por defeito". Segundo o mesmo especialista, há um número crescente de pessoas que estão a escolher morrer para não viver com dor, a qual muitas vezes pode ser tratada.

Normalmente, quando pensamos em pessoas que estão a considerar o suicídio assistido, pensamos em pessoas que enfrentam uma doença terminal. Mas este novo grupo sofre de outras síndromes, como depressão ou ansiedade exacerbadas, causadas pela incerteza económica, o clima, os meios de comunicação social e uma série aparentemente ilimitada de medos e desilusões, escreve o The Free Press.

O caso de Zoraya ter Beek está a ganhar destaque por a mulher ser precisamente o rosto deste novo grupo de pessoas a querer pôr termo à vida.

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