Nicarágua fecha embaixada após acusar Alemanha de apoiar guerra em Gaza

Nicarágua encerrou a sua embaixada em Berlim, depois de mover um processo contra a Alemanha no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) pela alegada cumplicidade alemã com o que considera ser um genocídio por Israel na Faixa de Gaza.

nicaragua, bandeira

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Lusa
11/04/2024 06:22 ‧ 11/04/2024 por Lusa

Mundo

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Com esta decisão, passa a ser a missão diplomática da Nicarágua na Áustria a assumir as funções na Alemanha, adiantou à agência de notícias DPA um funcionário da Embaixada da Nicarágua em Viena.

A embaixadora em Viena, Sabra Murillo, também servirá como representante na Alemanha, noticiou a agência Europa Press.

A Nicarágua apresentou esta semana uma ação no TIJ para exigir que a Alemanha ponha fim ao apoio que acusa de estar a prestar a Israel na sua campanha de "extermínio do povo palestiniano" e por não impedir o que acusa de ser o genocídio em Gaza.

Para o país da América Central, embora "desde o primeiro dia" tenha sido evidente que a ofensiva militar israelita violava o Direito Internacional Humanitário, a Alemanha aumentou tanto a sua assistência militar a Telavive como o seu apoio político.

Nicarágua lembrou ainda que Berlim criticou o processo apresentado pela África do Sul contra Israel também no TIJ.

A Alemanha rejeitou estas acusações e garantiu que, como Estado, "faz todo o possível para cumprir as suas responsabilidades, tanto para com o povo israelita como para com o povo palestiniano".

O conflito em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeado por um ataque realizado em outubro do ano passado pelo movimento islamita palestiniano.

Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria, civis, e sequestradas cerca de 240 pessoas, das quais uma grande parte continua na Faixa de Gaza.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 30.000 pessoas, também maioritariamente civis.

A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.

A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, de alimentos, medicamentos e eletricidade.

Leia Também: Segurança de Israel está "no centro" de política externa, diz Alemanha

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