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Cyril Ramaphosa solidário com Moçambique após naufrágio com 98 mortos

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, apresentou "profundas condolências" ao povo moçambicano pelo "desastre" do naufrágio no norte do país, em que morreram, no domingo, quase cem pessoas.

Cyril Ramaphosa solidário com Moçambique após naufrágio com 98 mortos
Notícias ao Minuto

16:45 - 09/04/24 por Lusa

Mundo África do Sul

"Em nome do Governo e do povo da África do Sul, o Presidente Ramaphosa apresenta as suas condolências ao Presidente Filipe Nyusi, ao Governo e ao povo de Moçambique, e especialmente às famílias que perderam parentes", lê-se numa mensagem divulgada hoje pela Presidência sul-africana.

"Como vizinhos, estamos profundamente tristes com esta tragédia e desejamos às autoridades e aos cidadãos boa sorte no esforço de recuperação e na busca de pessoas desaparecidas", afirmou o chefe de Estado, citado na mesma mensagem.

O acidente matou 98 pessoas, incluindo 55 crianças, 34 mulheres e nove homens, havendo registo de 16 sobreviventes entre os cerca de 130 que seguiam a bordo.

O dono e um responsável pela embarcação estão detidos, disse hoje à Lusa a porta-voz da polícia em Nampula, Rosa Chaúque.

Os dois "já tiveram atendimento médico e encontram-se, neste momento, sob custódia policial", declarou Chaúque.

De acordo com as autoridades marítimas moçambicanas, a embarcação de pesca não estava autorizada a transportar passageiros nem tinha condições para o efeito e as pessoas que transportava fugiam a um surto de cólera no continente, com destino à Ilha de Moçambique, tendo o naufrágio acontecido a cerca de cem metros desta costa.

O Governo moçambicano anunciou que se vai reunir hoje para discutir medidas para "minimizar o impacto" deste acidente.

"O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, recebeu com profunda tristeza a notícia do naufrágio de uma embarcação que saía do posto administrativo de Lungo, no distrito de Mossuril, com destino a Nacala, que provocou a morte de mais de cem cidadãos", lê-se num comunicado divulgado na segunda-feira pela Presidência da República.

O chefe do Estado enviou uma delegação governamental, liderada pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, para prestar "ajuda aos sobreviventes, e seu encaminhamento, assim como para a investigação, a fim de se aferir as razões que deram origem a esta tragédia", acrescenta a Presidência.

"Importa referir que, logo após o chefe do Estado ter tomado conhecimento desta tragédia, orientou as entidades provinciais a diversos níveis para mobilizar equipas de salvamento e de análise da situação. Mediante esta tragédia, o Governo moçambicano reunir-se-á amanhã [terça-feira] para avaliar a situação e tomar medidas necessárias para minimizar o impacto deste incidente", refere-se no comunicado.

O ministro dos Transportes e Comunicações moçambicano anunciou na segunda-feira, num encontro multissetorial em Nampula para analisar este incidente, que as autoridades estão a fazer uma "reflexão" sobre este naufrágio, para "que isto nunca volte a acontecer".

"Reflexão sobre o que aconteceu, o que não deve acontecer e como é que nos vamos posicionar daqui para a frente, para que o aconteceu não volte a acontecer. Estamos todos aqui para fazer essa reflexão", afirmou Magala.

É necessário "trocar impressões sobre o que aconteceu e não deve acontecer daqui para a frente", insistiu o governante, depois de manifestar solidariedade às famílias das vítimas do acidente.

O presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, oposição), Ossufo Momade, também se mostrou "profundamente consternado" com o naufrágio e pediu luto nacional.

"Exigimos que o Governo decrete luto nacional e que este momento seja reconhecido pelas autoridades como mais um sinal de negligência e falta de segurança públicas", escreveu Ossufo Momade, na sua conta oficial na rede social Facebook.

"Ficámos bastante comovidos e preocupados ao saber que a embarcação em causa é de pesca e não estava vocacionada para o transporte de pessoas o que nos leva a uma reflexão sobre a necessidade da segurança marítima", acrescentou o líder do maior partido da oposição.

Leia Também: África do Sul reitera apelo à autodeterminação do povo palestiniano

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