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OSCE alerta que antissemitismo é afronta à igualdade e dignidade

A Presidente da Assembleia Parlamentar da OSCE, a finlandesa Pia Kauma, defendeu hoje, em Malta, que o antissemitismo é "uma afronta aos princípios fundamentais da igualdade, da dignidade e dos direitos humanos", que deve ser "inequivocamente condenado".

OSCE alerta que antissemitismo é afronta à igualdade e dignidade
Notícias ao Minuto

14:06 - 09/04/24 por Lusa

Mundo Igualdade

Numa intervenção da Conferência da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) sobre a abordagem do antissemitismo na região em que a organização se encontra, Kauma observou que o conflito no Médio Oriente está a aprofundar a propagação do ódio ao povo judaico.

Num comunicado da organização enviado às redações, Kauma salientou que as operações militares de Israel na Faixa de Gaza, na sequência dos ataques terroristas sem precedentes perpetrados por grupos palestinianos contra civis israelitas a 07 de outubro de 2023, liderados pelo Hamas, "estão a ter um impacto generalizado na região da OSCE".

"Há grandes manifestações em toda a Europa Ocidental e na América do Norte a coincidirem com um aumento preocupante dos relatos de discursos e crimes de ódio e os recentes acontecimentos obrigam-nos a redobrar os esforços para combater as causas profundas e atenuar a propagação do antissemitismo. Devemos estar sempre conscientes de que o antissemitismo cresce nas sombras da indiferença e da complacência", sustentou.

A Presidente da Assembleia Parlamentar apelou, por isso, aos líderes políticos para que combatam o antissemitismo através de ações concretas.

O Representante Especial da Assembleia Parlamentar da OSCE para o Antissemitismo, Racismo e Intolerância, o senador norte-americano Ben Cardin, lembrou o 20.º aniversário da aprovação da histórica Declaração de Berlim de 2004, que reconheceu o antissemitismo como uma ameaça à democracia, aos direitos humanos e à segurança da região da OSCE e fora dela.

No discurso proferido na conferência, Cardin sublinhou a necessidade de se combater o fanatismo, o ódio e os ataques contra judeus, muçulmanos e outras minorias, "sempre e onde quer que ocorram".

Os parlamentares da OSCE têm uma obrigação especial de utilizar as suas plataformas para desenvolver a educação, a aplicação da lei e iniciativas políticas que combatam o antissemitismo e outras formas de discriminação, lembra-se no comunicado.

A conferência foi organizada pela Presidência maltesa da OSCE com o apoio do gabinete da organização para as Instituições Democráticas e os Direitos Humanos.

Além de participar na conferência, Kauma encontrou-se com famílias de israelitas raptados pelo Hamas na Faixa de Gaza, tendo sublinhado a necessidade urgente de assegurar a sua libertação.

A presidente reuniu-se igualmente com a Delegação de Malta na Assembleia Parlamentar da OSCE para discutir formas de revigorar a dimensão mediterrânica da organização.

Kauma salientou que irá abordar o impacto da situação no Médio Oriente na segurança europeia quando participar na sessão ordinária da Assembleia Parlamentar do Mediterrâneo (APM) que decorrerá em Portugal, em maio próximo.

A OSCE é uma organização integrada atualmente por 57 países voltada para a promoção da democracia, direitos humanos, liberdade de imprensa na Europa.

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