Mais de 1,5 milhão de fiéis rezaram na Esplanada das Mesquitas

Mais de 1,5 milhões de muçulmanos deslocaram-se à Esplanada das Mesquitas durante o mês do Ramadão para rezar, entretanto, não foram registados "distúrbios importantes" ou episódios violentos, declarou hoje a polícia israelita num comunicado.

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© Ammar Awad / Reuters

Lusa
09/04/2024 13:20 ‧ 09/04/2024 por Lusa

Mundo

Ramadão

"O nosso destacamento significativo, o planeamento operacional ordenado e a atividade precisa conseguiram criar o equilíbrio necessário entre a liberdade religiosa e os aspetos de segurança", referiu a nota da polícia.

Diante de um Ramadão atípico devido à guerra na Faixa de Gaza, Israel aumentou nesse ano a presença dos agentes de segurança na região da Esplanada das Mesquitas, localizada na Cidade Velha de Jerusalém. Só na primeira sexta-feira do Ramadão - mês sagrado para os muçulmanos -, pelo menos 3.000 soldados foram mobilizados nessa área.

A polícia israelita deteve este mês pelo menos 100 suspeitos por "incitamento e apoio ao terrorismo", entretanto, em Israel isso pode significar agitar uma bandeira palestiniana em público.

Outros 172 palestinianos foram detidos por entrarem ilegalmente em Israel, 15 dos quais foram detidos à chegada à Mesquita de Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islão.

"Aa acusações já foram apresentadas contra a maioria dos suspeitos detidos e as investigações sobre os restantes ainda estão em curso", acrescentou a polícia.

Israel também reforçou esse ano as medidas para a entrada de palestinianos residentes na Cisjordânia ocupada em Jerusalém, permitindo que apenas homens com mais de 55 anos, mulheres acima dos 50 anos e crianças até 10 anos pudessem assistir às orações de sexta-feira com autorização prévia.

O Governo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, justificou essa decisão alegando que só assim poderia garantir a segurança dos fiéis, uma vez que, afirmam, muitos dos jovens palestinianos muçulmanos têm algum tipo de "ligação ao terrorismo do Hamas".

A verdade é que um dos dirigentes da extrema-direita pertencente ao Executivo, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, chegou mesmo a pedir a Netanyahu que impedisse diretamente os palestinianos muçulmanos de entrarem na Mesquita de Al-Aqsa durante o seu mês sagrado.

O desejo da comunidade internacional era que o mês sagrado do Ramadão viesse acompanhado de um cessar-fogo na Faixa de Gaza para aliviar as tensões, algo que não aconteceu.

Na verdade, as negociações entre o Hamas e Israel continuam sem produzir resultados e, nas últimas horas, o grupo islamita indicou que o Estado Judeu continua a não cumprir as suas principais exigências - o cessar-fogo definitivo e a retirada das tropas - para conseguir um acordo que permita a libertação dos reféns, mas que ainda está a estudar essa última proposta.

Leia Também: Arábia Saudita anuncia celebração que marca fim do Ramadão para 4ª-feira

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