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China preocupada com cooperação entre Japão e aliança de segurança AUKUS

Pequim manifestou hoje preocupação com o anúncio da cooperação entre o Japão e a aliança de segurança AUKUS, constituída pelos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália visando contrariar a influência da China no Indo-Pacífico.

China preocupada com cooperação entre Japão e aliança de segurança AUKUS
Notícias ao Minuto

07:08 - 09/04/24 por Lusa

Mundo China

"Ignorando as preocupações gerais dos países da região e da comunidade internacional sobre o risco de proliferação nuclear, os EUA, o Reino Unido e a Austrália continuam a enviar sinais para a expansão da chamada 'parceria de segurança trilateral', encorajando alguns países a aderir à aliança, intensificando a corrida ao armamento e minando a paz e a estabilidade regionais", disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Mao Ning.

Pequim opõe-se à formação de "pequenos círculos" exclusivos por parte dos países em causa, com o objetivo de criar confrontos entre as partes", acrescentou Mao, em conferência de imprensa.

"Em particular, o Japão deve aprender com as lições históricas e ser cauteloso nas suas palavras e ações no domínio da segurança militar", vincou.

O Japão saudou hoje a sua possível inclusão em alguns projetos militares no âmbito da aliança AUKUS e afirmou que esta é fundamental para a estabilidade no Indo-Pacífico.

"Estamos conscientes da importância do AUKUS, pelo que tomaremos as medidas necessárias para reforçar as capacidades de defesa", declarou o Ministro da Defesa japonês, Minoru Kihara, em conferência de imprensa.

Kihara sublinhou a importância da aliança "para a paz e a estabilidade na região".

A reação do Japão surge horas depois de a aliança ter afirmado que está a considerar incluir o Japão em alguns projetos militares, o que reforçaria o grupo, de acordo com o Departamento de Defesa dos EUA.

"O Japão foi considerado devido aos seus pontos fortes e às parcerias de defesa estreitas com os três países", disse a porta-voz do Pentágono Sabrina Singh.

O anúncio coincide com uma visita de Estado aos EUA, esta semana, do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, que se centrará na cooperação em matéria de Defesa e no reforço desta aliança estratégica face ao avanço da China na sua esfera de influência asiática.

Na quarta-feira, o Presidente dos EUA, Joe Biden, tem uma reunião com Kishida e, na quinta-feira, com o Presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos. Posteriormente, os três líderes participam uma reunião trilateral centrada na luta contra o poder militar da China nas águas vizinhas que fazem fronteira com as zonas económicas dos dois países.

Desde o final da Segunda Guerra Mundial, o Japão limitou o desenvolvimento de armamento às capacidades defensivas do seu território, mas mantém uma indústria de Defesa avançada e uma estreita cooperação com os Estados Unidos.

A China está a reforçar a sua projeção de forças no Mar do Sul da China e em torno de Taiwan, o que aumentou as tensões com os países vizinhos.

Na sequência da recente reviravolta em matéria de Defesa, o Japão também concordou, no mês passado, em flexibilizar os intercâmbios militares entre países aliados, a fim de poder exportar os caças de nova geração que está a desenvolver em conjunto com Reino Unido e Itália.

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