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México vai denunciar invasão de embaixada no Equador ao TIJ

O México vai denunciar, na segunda-feira, ao Tribunal Internacional de Justiça o caso da invasão da embaixada mexicana em Quito pela polícia do Equador, considerando que houve uma violação do direito internacional.

México vai denunciar invasão de embaixada no Equador ao TIJ
Notícias ao Minuto

23:21 - 07/04/24 por Lusa

Mundo México

Em conferência de imprensa realizada hoje, a chefe da diplomacia mexicana, Alicia Bárcena, revelou que apresentará o caso àquele tribunal da Organização das Nações Unidas e "em todos os fóruns multilaterais regionais e internacionais" para que o incidente seja condenado "por toda a comunidade internacional".

Na sexta-feira, a polícia equatoriana invadiu a embaixada mexicana em Quito com o objetivo de prender o ex-presidente do Equador Jorge Glas, que ali estava sob asilo político.

De imediato, o México mandou encerrar em definitivo a embaixada em Quito e rompeu as relações diplomáticas com o Equador.

Alicia Bárcena revelou ainda que pelo menos 18 países da América Latina e 10 países europeus, os Estados Unidos e o Canadá manifestaram solidariedade e apoio. Os diplomatas e familiares abandonaram já hoje o país.

"Sentimo-nos verdadeiramente ultrajados porque foi violada a imunidade da embaixada e do pessoal diplomático e também pela grande violência de uma entrada não autorizada", disse a ministra.

O Governo mexicano qualificou a operação policial como uma violação da sua soberania e do direito internacional, tendo esta sido igualmente condenada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, pelo Departamento de Estado norte-americano e pela União Europeia.

Depois de ter sido levado da embaixada mexicana, Jorge Glas foi transferido de avião para a prisão de segurança máxima de La Roca, situada no complexo penitenciário da cidade de Guayaquil, reservado aos presos mais perigosos.

Sobre o ex-vice-presidente pendia um mandado de localização e de prisão preventiva por um caso de alegado desvio de fundos públicos no processo de reconstrução da província costeira de Manabí, devastada por um forte terramoto em abril de 2016.

Glas deveria também regressar à prisão para terminar de cumprir uma pena de oito anos por duas condenações definitivas de associação ilícita (relacionada com o esquema de subornos da construtora brasileira Odebrecht) e de suborno (pelo financiamento ilegal do seu movimento político).

Desde 17 de dezembro de 2023, Jorge Glas encontrava-se na embaixada do México em Quito para pedir asilo, que lhe foi concedido na sexta-feira, declarando-se vítima de perseguição política e "lawfare" (utilização do aparelho judicial contra opositores políticos).

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