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Ministro das Forças Armadas francês discutiu com homólogo russo atentado

O ministro das Forças Armadas francês falou hoje por telefone com o seu homólogo russo, pela primeira vez desde outubro de 2022, e abordou o atentado de março reivindicado pelo autodenominado Estado Islâmico (EI) em Moscovo.

Ministro das Forças Armadas francês discutiu com homólogo russo atentado
Notícias ao Minuto

20:04 - 03/04/24 por Lusa

Mundo Rússia

Segundo um comunicado do Ministério das Forças Armadas francês, Sébastien Lecornu "reiterou a disponibilidade da França" para "aumentar os intercâmbios" com Moscovo no quadro da luta contra o "terrorismo", tendo também o ministro francês condenado "sem reservas a guerra de agressão que a Rússia lançou na Ucrânia".

A conversa telefónica de uma hora com o russo Serguei Shoigu foi realizada por iniciativa de Paris, que recordou não ter qualquer informação que "permita estabelecer uma ligação entre o ataque (ao Crocus City Hall) e a Ucrânia" e apelou à Rússia para "cessar qualquer instrumentalização".

A 22 de março, homens armados entraram na sala de concertos de Moscovo Crocus City Hall, abriram fogo sobre a multidão e incendiaram o edifício. Segundo o último balanço, 145 pessoas morreram e 360 ficaram feridas, fazendo deste o mais mortífero ataque em solo russo em duas décadas.

O Kremlin admitiu que "radicais islâmicos" estavam na origem do ataque, ao mesmo tempo que denunciou uma pista ucraniana. Foram detidos 15 suspeitos, incluindo os quatro alegados atacantes, originários do Tajiquistão.

O ramo do grupo EI suspeito de ser responsável pelo ataque em Moscovo "tinha realizado várias tentativas" em "solo" francês nos últimos meses, disse anteriormente o Presidente Emmanuel Macron.

"Oferecemos aos serviços russos, tal como aos nossos parceiros na região, uma cooperação reforçada", disse o Presidente francês.

Os Estados Unidos, por seu lado, indicaram que tinham avisado Moscovo de que estava a ser preparado um ataque.

Ainda hoje, o chefe do Conselho de Segurança Nacional da Rússia, Nikolai Patrushev, argumentou que os EUA partilham culpa no ataque terrorista à sala de concertos.

O porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, escusou-se a comentar informações que foram publicadas pelo jornal The Washington Post, com base em fontes anónimas da administração norte-americana, segundo as quais as autoridades dos EUA teriam identificado especificamente a sala de concertos moscovita como um alvo potencial.

Peskov referiu ser um assunto da competência dos serviços de segurança.

Já a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, desmentiu hoje as informações avançadas pelo jornal The Washington Post e quando questionada sobre o assunto respondeu: "Gostaria de pedir que nos apresentem factos concretos sobre esse assunto".

Também hoje, o gabinete do procurador-geral russo enviou pedidos de informação aos EUA, Alemanha, França e Chipre sobre o potencial envolvimento dos países ocidentais em ataques terroristas contra a Rússia, informou a agência noticiosa estatal TASS.

Leia Também: Rússia argumenta que EUA partilham culpa no ataque em sala de concertos

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