O ataque ocorreu na província de Lahj e visou as posições das forças armadas afiliadas ao Conselho de Transição do Sul (STC), segundo Mohammed al-Naqib, porta-voz do STC, um grupo separatista aliado do governo iemenita contra os Hutis.
Onze combatentes morreram a repelir os rebeldes, acrescentou al-Naqib, afirmando que "os Hutis não avançaram um centímetro".
Um oficial militar corroborou a informação, sublinhando que as forças leais ao governo iemenita tinham conseguido repelir o ataque, que durou cinco horas.
Vários rebeldes foram mortos, acrescentou o responsável, sem indicar um número exato.
A violência eclodiu no coração de uma região disputada entre rebeldes e as forças pró governamentais.
O Iémen, o país mais pobre da Península Arábica, está dilacerado desde 2014 por uma guerra civil que causou centenas de milhares de mortos e criou uma das piores crises humanitárias do mundo, segundo as Nações Unidas.
Apoiados pelo Irão, os Hutis controlam uma grande parte do Iémen - incluindo a capital Saná - e lutam contra uma coligação liderada pela Arábia Saudita, que há um ano tenta encontrar uma saída para este conflito.
A violência diminuiu consideravelmente desde a negociação de uma trégua em abril de 2022, sob a égide da ONU, encorajada pela reviravolta da Arábia Saudita e pela aproximação entre a Arábia Saudita e o Irão, após anos de rivalidade.
Porém, a situação continua muito precária, pontuada por episódios esporádicos de violência que ameaçam quebrar a relativa calma.
Em dezembro, o enviado da ONU, Hans Grundberg, anunciou progressos no sentido de um caminho para uma paz duradoura, com os oponentes a comprometerem-se com um novo cessar-fogo.
Mas os repetidos ataques dos Hutis, ao longo de vários meses, contra navios mercantes no Mar Vermelho, em solidariedade com os palestinianos sujeitos aos bombardeamentos israelitas em Gaza, estão a pôr em risco os esforços para alcançar a paz, alertou hoje enviado especial dos EUA, Tim Lenderking.
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