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Diretor da OMS "horrorizado" com morte de sete trabalhadores humanitários

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou-se hoje "horrorizado" com a morte na Faixa de Gaza de sete colaboradores da organização humanitária World Central Kitchen (WCK) num ataque israelita contra veículos "claramente identificados".

Diretor da OMS "horrorizado" com morte de sete trabalhadores humanitários
Notícias ao Minuto

16:32 - 03/04/24 por Lusa

Mundo OMS

"Estou horrorizado com a morte dos sete trabalhadores humanitários em Gaza", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus na sua conferência de imprensa semanal em Genebra, na qual explicou que a WCK, fundada pelo 'chef' espanhol José Andrés, estava a colaborar com a OMS na distribuição de alimentos a médicos e hospitais no enclave palestiniano.

Depois do ataque ocorrido na segunda-feira e da suspensão do trabalho da WCK na Faixa Gaza, que Tedros considerou compreensível, "muitas pessoas ficarão sem comida", lamentou o diretor-geral da OMS.

"Presto homenagem aos nossos colegas pelo seu trabalho e por se colocarem em perigo para servir os outros", declarou o responsável da organização internacional, que já tinha condenado o ataque à WCK na terça-feira na sua conta oficial na rede X.

Este ataque, acrescentou hoje, "mostra o enorme risco que correm os trabalhadores da OMS e os seus colaboradores".

Tedros Adhanom Ghebreyesus disse que estes funcionários vão continuar a trabalhar, mas isso só é possível com um acesso seguro, defendendo um mecanismo eficaz e transparente para reduzir os riscos.

"Precisamos de mais pontos de entrada, também no norte de Gaza, bem como de estradas abertas e de passagem previsível e rápida através de postos de controlo de segurança", referiu.

O líder da agência de saúde da OMS também reiterou o seu protesto pela situação em que se encontra o principal hospital de Gaza, o Al-Shifa, após meses de hostilidades que o deixaram "seriamente danificado e destruído".

"Nos últimos dias temos tentado aceder aos restos do hospital, falar com o pessoal e ver o que pode ser feito, mas neste momento a situação é desastrosa", descreveu.

"Mais uma vez: os hospitais devem ser respeitados e protegidos, não devem ser usados ??como campos de batalha", concluiu Tedros Adhanom Ghebreyesus, que lembrou que desde o início do conflito entre as forças israelitas e o movimento islamita Hamas, em 07 de outubro do ano passado, ocorreram mais de 900 ataques a instalações de saúde nos territórios palestinianos, Israel e Líbano, que causaram 730 mortes.

Um 'drone' israelita disparou três tiros na noite de segunda-feira contra uma caravana da WCK na cidade de Deir al-Balah, no centro do enclave palestiniano, apesar de os carros estarem claramente marcados com o logótipo da organização, segundo um relatório exclusivo publicado na terça-feira no diário israelita Haaretz.

O relatório preliminar do exército israelita, publicado hoje, conclui que o ataque ao comboio humanitário da WCK não tinha "intenção de prejudicar os trabalhadores humanitários" e deveu-se a um "erro de identificação".

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