Pelo menos 18 feridos em ataque russo a cidade de Dnipro
Pelo menos 18 pessoas, entre as quais crianças, ficaram hoje feridas num ataque russo à cidade de Dnipro, no centro-sul da Ucrânia, anunciou o governador regional, Serguii Lyssak.
© Lusa
Mundo Ucrânia/Rússia
"Dnipro, já 18 feridos. Das 12 pessoas hospitalizadas, cinco são crianças", indicou Lyssak na plataforma digital Telegram, acrescentando que as suas vidas não estão em perigo.
De acordo com os serviços de emergência, uma empresa, um infantário e um estabelecimento de ensino superior foram "destruídos" no ataque.
"Um incêndio que alastrou até 150 metros quadrados deflagrou nas instalações da empresa", referiram no Telegram, indicando que "já foi extinto pelos bombeiros".
Por seu lado, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu na sua mensagem de vídeo diária que haverá uma resposta a este ataque.
"As réplicas serão cada vez maiores", avisou.
Zelensky apelou mais uma vez aos aliados ocidentais da Ucrânia para lhe fornecerem mais sistemas de defesa antiaérea, para poder "salvar milhares de vidas".
Nos últimos meses, a Ucrânia multiplicou os ataques em território russo, em retaliação aos numerosos bombardeamentos de que é alvo há mais de dois anos.
Moscovo, por sua vez, prometeu uma resposta ainda mais forte a esses ataques ucranianos, tendo recentemente bombardeado de forma maciça a rede elétrica ucraniana.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.
Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de conflito, as Forças Armadas ucranianas confrontam-se com falta de armamento e munições, apesar das promessas de ajuda dos aliados ocidentais.
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