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UE preocupada com lei que permite encerrar imprensa estrangeira em Israel

A União Europeia manifestou hoje preocupação com a lei aprovada na segunda-feira em Israel que permite encerrar órgãos estrangeiros e defendeu que a liberdade de imprensa "tem de ser garantida em todo o lado, incluindo em contextos de guerra".

UE preocupada com lei que permite encerrar imprensa estrangeira em Israel
Notícias ao Minuto

19:31 - 02/04/24 por Lusa

Mundo Josep Borrell

"A União Europeia está preocupada com a legislação recentemente adotada que confere poderes temporários ao Governo israelita para impedir as redes de comunicação social estrangeiras de operarem em Israel", afirma, em comunicado, o Serviço Europeu de Ação Externa, chefiado pelo alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell.

A diplomacia europeia sublinha que "a liberdade de imprensa tem de ser garantida em todo o lado, incluindo em contextos de guerra, onde o trabalho dos jornalistas e dos trabalhadores dos meios de comunicação social é essencial para fornecer ao público informações exatas e atempadas".

Em causa está a aprovação, na segunda-feira, pelo parlamento israelita da chamada 'Lei Al-Jazeera', que "impede que um organismo de radiodifusão estrangeiro prejudique a segurança do Estado".

Logo após a viabilização da iniciativa legislativa pelo Knesset (parlamento), o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou que "o canal terrorista Al-Jazeera deixará de emitir em Israel", afirmando que iria "agir imediatamente em conformidade com a nova lei para pôr termo à atividade do canal" com sede no Qatar.

Para a UE, "demasiados jornalistas perderam a vida e centenas ficaram feridos desde o início do conflito em Gaza, a 07 de outubro".

"Condenamos firmemente os assassinatos de jornalistas e recordamos a necessidade de garantir o seu acesso, segurança e proteção em todas as circunstâncias", refere a mesma nota da diplomacia europeia, que indica ainda que "a UE continua empenhada em apoiar os jornalistas independentes e os trabalhadores dos meios de comunicação social em todo o mundo".

A Al-Jazeera é um dos canais mais difundidos e com mais jornalistas na Faixa de Gaza e, desde outubro, tem noticiado o bombardeamento de hospitais, ataques a edifícios residenciais e a morte de habitantes desarmados, o que, segundo os especialistas, pode constituir um crime de guerra. Jornalistas deste órgão já morreram no conflito em curso na Faixa de Gaza há quase seis meses, enquanto outros tiveram vários familiares mortos.

Leia Também: Parlamento israelita aprova lei que bane canal Al Jazeera do país

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