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Eleitores turcos "escolheram mudar rosto" do país, diz líder da oposição

O líder do CHP, principal partido da oposição da Turquia, salientou que os eleitores "escolheram mudar o rosto" do país, após 22 anos de domínio do partido AKP, tendo em conta os resultados parciais das eleições municipais de hoje.

Eleitores turcos "escolheram mudar rosto" do país, diz líder da oposição
Notícias ao Minuto

22:16 - 31/03/24 por Lusa

Mundo Turquia

"Eles quiseram abrir a porta a um novo clima político no nosso país", acrescentou Ozgur Ozel, cujo partido está em vias de vencer nas principais cidades turcas, entre as quais Istambul e Ancara, citado pela agência France Presse (AFP).

Em Ancara, a capital do país, o atual presidente da câmara, Mansur Yavas, já reivindicou a vitória nas eleições de hoje, perante uma multidão festiva, constatou a AFP no local.

"As eleições terminaram, continuaremos a servir Ancara e os seis milhões de habitantes, sem discriminação", prometeu o governante, eleito pelo Partido Republicano Popular (CHP, na sigla em turco).

Ainda com a contagem dos votos em curso, o CHP (social-democrata e nacionalista) tem clara vantagem sobre o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, conservador islâmico), liderado pelo Presidente Recep Tayyip Erdogan, de acordo com os resultados oficiais, ainda parciais, das eleições municipais de hoje.

Com os resultados apurados em 60,34% das urnas, o CHP conseguiu 37,46% dos votos, e o AKP 36,54%, e impõem-se nas principais cidades do país, como Istambul, Ancara e Esmirna.

O mapa autárquico alterou-se nas últimas décadas na Turquia, com o AKP a dominar o centro e norte do país, enquanto o principal rival - CHP - prevalece na parte ocidental e mediterrânica.

Nas últimas eleições municipais, em 2019, o AKP venceu em 740 municípios face aos 240 do seu rival, mas as vitórias decisivas centram-se nas zonas com maior população e peso económico, assinala a agência noticiosa espanhola EFE.

A conquista das câmaras municipais de Istambul e Ancara pelo CHP em 2019 significou um duro revés para Erdogan, que centrou o seu discurso político na reconquista de Istambul.

Em declarações no passado dia 08 de março, Erdogan admitiu pela primeira vez o fim do seu poder ao assegurar que as municipais de 31 de março seriam as suas últimas eleições.

Com 16 milhões de habitantes, Istambul é o motor financeiro, social e cultural da Turquia, para além de possuir um valor simbólico: entre 1994 e 1994 Erdogan foi presidente da câmara municipal e foi nesta grande metrópole que iniciou a sua carreira política, num mandato algo turbulento.

Cerca de 61,4 milhões de eleitores foram chamados às urnas nas 81 províncias da Turquia, das quais 30 são classificadas como "macro-urbanas", o que significa que o presidente da câmara da capital da província governa os destinos de toda a província, o que lhe confere grande relevância política.

Leia Também: Ancara e Istambul? Primeiros resultados dão vitória a oposição turca

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