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Brasil saúda ordem do TIJ para garantir ajuda em Gaza

O Governo brasileiro saudou hoje a última decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), que ordena a Israel que garanta o acesso à ajuda humanitária à população de Gaza.

Brasil saúda ordem do TIJ para garantir ajuda em Gaza
Notícias ao Minuto

13:57 - 30/03/24 por Lusa

Mundo Israel

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Brasil, citado em comunicado, espera que a decisão do TIJ "resulte em ajuda humanitária urgente para Gaza e num ambiente de diálogo político que permita um cessar-fogo definitivo, a libertação imediata de reféns e a retoma das negociações para a solução de dois Estados".

O mais alto tribunal da ONU ordenou na quinta-feira a Israel a abertura de mais passagens terrestres para permitir a entrada de alimentos, água e combustível em Gaza, visando combater a escassez no enclave palestiniano devastado pela guerra.

A diplomacia do país sul-americano também recordou o caráter vinculativo das medidas cautelares, impostas pelo TIJ no âmbito do processo iniciado pela África do Sul, que acusa Israel de atos de genocídio na sua campanha militar lançada após os ataques de 07 de outubro pelo Hamas.

Em janeiro, o Brasil manifestou apoio à denúncia da África do Sul face às "flagrantes violações do direito humanitário internacional".

O chefe de Estado brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, condenou os ataques do Hamas de outubro passado, mas criticou severamente a resposta israelita, que a comparou ao Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial devido ao número de mortes.

A comparação abriu uma crise diplomática com o Governo israelita, que declarou Lula da Silva 'persona non grata' no país pelas suas palavras.

Quase seis meses após o início da guerra, desencadeada por um ataque sem precedentes do movimento islamista palestiniano Hamas contra Israel, o exército israelita realizou novos ataques à Faixa de Gaza, matando pelo menos 82 pessoas nas últimas 24 horas, aumentando assim para 32.705 o número de palestinianos mortos desde o início do conflito, segundo dados das autoridades controladas pelo Hamas.

Embora as negociações para chegar a uma trégua pareçam estar num impasse, com ambos os lados a acusarem-se mutuamente de estarem a causar o bloqueio, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, "aprovou uma próxima ronda de negociações, nos próximos dias, em Doha e no Cairo", anunciou o seu gabinete, na sexta-feira.

Nos últimos meses, ocorreram diversas rondas de negociação via mediadores internacionais -- Egito, Qatar, Estados Unidos -, mas sem resultado.

Desde o início da guerra, apenas uma trégua de uma semana foi estabelecida no final de novembro, permitindo a libertação de cerca de uma centena de reféns raptados durante o ataque de 07 de outubro, em troca de prisioneiros palestinianos encarcerados por Israel.

Apesar de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU exigir um cessar-fogo na região, os combates não diminuíram de intensidade.

Leia Também: Cinco mortos e 30 feridos durante distribuição de alimentos em Gaza

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