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Paquistão nega a intenção de iniciar conflito com o Afeganistão

O governo do Paquistão negou hoje que queira começar um conflito armado com o Afeganistão, após as autoridades paquistanesas terem acusado os talibãs de não agirem com a severidade contra grupos terroristas baseados em território afegão.

Paquistão nega a intenção de iniciar conflito com o Afeganistão
Notícias ao Minuto

13:40 - 21/03/24 por Lusa

Mundo Paquistão

"A força é o último recurso. Não queremos um conflito armado com o Afeganistão", disse o ministro da Defesa paquistanês, Jauaja Asif, numa entrevista à estação de rádio norte-americana Voice of America, dias depois de tomar posse após as polémicas eleições gerais de 08 de fevereiro.

O Paquistão realizou na segunda-feira uma série de bombardeamentos contra o território afegão, após um ataque realizado por um braço do grupo extremista Tehrik-i-Taliban (TTP), conhecido como talibã paquistanês, que deixou sete soldados mortos no passado fim de semana.

Os talibãs denunciaram os ataques, que teriam causado pelo menos oito mortos, alertando ainda para as potenciais consequências deste tipo de ações contra o território afegão.

No entanto, Asif sublinhou que "era necessário enviar uma mensagem para dizer que [o terrorismo] cresceu demasiado", acrescentando que Islamabad queria transmitir às autoridades 'de facto' no Afeganistão que "isto não pode continuar assim".

As autoridades paquistanesas denunciaram, em inúmeras ocasiões, que o TTP e outros grupos armados utilizam o território afegão para lançar ataques no Paquistão. O Paquistão apelou aos talibãs que controlassem essa situação, com o objetivo de evitar maiores danos nas relações bilaterais.

As análises realizadas pelos serviços de informação realizadas pelas Nações Unidas também apontaram para a presença do referido grupo armado no Afeganistão, sublinhando que aumentar os ataques em território paquistanês próximo à fronteira após os talibãs terem assumido o governo do Afeganistão em agosto de 2021.

Asif revelou que durante uma visita que fez a Cabul, em fevereiro de 2023, disse aos talibãs que não permitissem que os favores anteriormente prestados pelo grupo extremista os impedissem de controlá-los para evitar "uma guerra".

"Se formos prejudicados, seremos forçados a responder", disse Asif, alertando que Islamabad poderia bloquear o corredor comercial entre o Afeganistão e a Índia.

"Se o Afeganistão nos tratar como um inimigo, porque deveríamos dar-lhes um corredor comercial?", declarou o ministro paquistanês.

Embora os talibãs tenham inicialmente mediado as conversações entre o Paquistão e o TTP para um cessar-fogo, o grupo armado colocou um fim unilateralmente ao acordo em novembro de 2022 e, desde então, aumentou os seus ataques contra as forças de segurança paquistanesas nas províncias de Khyber Pakhtunkhua e Baluchistão.

Leia Também: Pelo menos três mortos e 12 feridos em ataque suicida no Afeganistão

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