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Mais de um terço dos edifícios em Gaza afetados pelos ataques israelitas

Mais de um terço dos edifícios da Faixa de Gaza foram afetados pelos ataques israelitas desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, em 07 de outubro, indicaram hoje as Nações Unidas.

Mais de um terço dos edifícios em Gaza afetados pelos ataques israelitas
Notícias ao Minuto

13:32 - 21/03/24 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

De acordo com um relatório divulgado hoje, o Centro de Satélites das Nações Unidas (UNOSAT) captou imagens de satélite de alta resolução em 29 de fevereiro, que mostram "um aumento significativo da destruição, em comparação com estudos anteriores", realizados em maio, setembro, outubro e novembro de 2023 e em janeiro de 2024.

"No total, 35% de todos os edifícios da Faixa de Gaza foram danificados, representando 88.868 estruturas, entre as quais 31.198 foram identificadas como destruídas, 16.908 como gravemente danificadas e 40.762 como moderadamente danificadas", especificou a entidade, antes de sublinhar que isto representa um aumento de 20 mil estruturas danificadas em relação a janeiro.

As províncias de Khan Yunis e Gaza sofreram o maior aumento dos danos, com um impacto "particularmente duro" em Khan Yunis, com 6.663 estruturas destruídas de um total de 12.279 que sofreram danos, em grande parte devido à ofensiva contra a cidade desde janeiro, quando esta se tornou um dos principais epicentros dos combates.

O relatório foi publicado cerca de uma semana depois de a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos no Médio Oriente (UNRWA, na sigla em inglês) ter afirmado que a ofensiva israelita já deixou 23 milhões de toneladas de escombros no enclave palestiniano, controlado pelo Hamas, movimento considerado terrorista pela União Europeia (UE), Estados Unidos e Israel.

A organização destacou que "serão necessários anos para remover todos os escombros e munições não detonadas que forem encontrados", sublinhando que "escolas, casas, clínicas e outras infraestruturas civis foram afetadas", num conflito em que as vidas de mais de dois milhões de pessoas foram "devastadas".

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirmou recentemente que perto de 507.000 empregos foram perdidos nos Territórios Palestinianos Ocupados devido à ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza, segundo dados relativos ao final de janeiro.

Os números mostram que cerca de 201 mil empregos foram perdidos em Gaza, o que equivale a dois terços do emprego total no enclave, enquanto outros 306 mil empregos foram perdidos na Cisjordânia, o que representa mais de um terço do total - um reflexo do impacto das hostilidades nas condições económicas dos palestinianos.

Segundo a OIT, esta destruição de empregos traduz-se numa perda de rendimentos diários do trabalho de 21,7 milhões de dólares (cerca de 19,9 milhões de euros) - valor que aumentaria para 25,5 milhões de dólares (cerca de 23,3 milhões de euros) se se somarem as perdas devido ao pagamento parcial de salários dos funcionários públicos e à redução de rendimentos no setor privado.

De acordo com esta organização, se o conflito continuar ativo até ao final de março, a taxa de desemprego nos Territórios Palestinianos Ocupados subirá para 57%.

A OIT irá solicitar 20 milhões de dólares (aproximadamente 18,3 milhões de euros) em financiamento para implementar um programa de três fases para responder às necessidades da população palestiniana.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Desde então, e na sequência da retaliação de Israel, as autoridades de Gaza relataram a morte de quase 32 mil palestinianos, além de mais de 420 devido às ações das forças de segurança israelitas e dos colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Leia Também: Costa anuncia apoio de 10 milhões a agência para refugiados palestinianos

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