Moldova e Ucrânia negam ataque a base militar na Transnístria
As autoridades moldavas e ucranianas negaram hoje que um drone explosivo ucraniano tenha atingido uma base militar na capital da Transnístria, uma região separatista pró-russa da Moldávia, acusando Moscovo de "provocação" em dia eleitoral.
© YASUYOSHI CHIBA/AFP via Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
"Uma explosão provocou um incêndio no território de uma base militar em Tiraspol. As conclusões preliminares estabeleceram que a explosão foi provocada por um ataque de um drone 'kamikaze'", declarou o Ministério da Segurança do Estado da república autoproclamada, citado pelos meios de comunicação social russos e locais, e depois internacionais.
A informação divulgada indicava que o drone teria vindo da região ucraniana de Odessa.
A televisão pública da Transnístria publicou um vídeo de vigilância na sua conta do Telegram mostrando um projétil a atingir um helicóptero militar, que depois explodiu e se incendiou.
A Moldávia rejeitou as declarações, afirmando: "As autoridades de Chisinau, em contacto com a parte ucraniana, não confirmaram qualquer ataque à região da Transnístria."
De acordo com as autoridades da Moldávia, as acusações fazem parte de uma "tentativa de provocar medo e pânico".
Na mesma linha, o Conselho de Segurança ucraniano acusou a Rússia de "levar a cabo uma provocação na Transnístria com um ataque de drone 'kamikaze' contra uma unidade militar", acrescentando que a Rússia quer provocar "uma escalada" na região.
Desde os anos 90 que a Rússia apoia este território separatista na Moldávia, um país pró-europeu e de língua romena da ex-União Soviética, que faz fronteira com a Ucrânia.
A Rússia alega regularmente que a Moldávia e a Ucrânia estão a preparar provocações ou ataques na região.
No final de fevereiro, as autoridades da Transnístria pediram a Moscovo "medidas de proteção" face ao que descreveram como "pressão crescente" por parte dos moldavos.
A região separatista é vizinha da região ucraniana de Odessa, que as forças de Moscovo não conseguiram conquistar quando invadiram a Ucrânia em fevereiro de 2024. Os responsáveis russos reafirmam regularmente a sua ambição de conquistar esta cidade portuária.
A Transnístria, uma estreita faixa de terra entre a Moldávia e a Ucrânia, separou-se após uma curta guerra em 1992 contra o exército moldavo. Segundo dados oficiais, a Rússia mantém ainda 1.500 efetivos militares no local, alegadamente para levar a cabo uma missão de manutenção da paz.
A Moldova protestou hoje contra a abertura de várias mesas de voto para as eleições presidenciais russas na região separatista da Transnístria, onde a Rússia mantém um contingente militar e um arsenal de armamento estimado em 40.000 toneladas de armas e munições.
Hoje, encerra-se o terceiro dia destinado às eleições presidenciais na Rússia. O Presidente russo, Vladimir Putin, concorre a um quinto mandato.
Estas eleições deverão manter Putin no poder até 2030, ano em que completará 77 anos, com a possibilidade de um mandato adicional até 2036, devido a uma alteração constitucional feita em 2020.
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