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Moldova protesta contra abertura de assembleias de voto na Transnístria
A Moldova protestou hoje contra a abertura de várias mesas de voto para as eleições presidenciais russas na região separatista da Transnístria, onde a Rússia mantém um contingente militar e um arsenal de armamento.
© Emil Leegunov/Anadolu via Getty Images
Mundo Rússia/Eleições
"O Ministério dos Negócios Estrangeiros expressa um protesto categórico contra a realização pela Rússia de eventos eleitorais não autorizados no território soberano da República da Moldova, nas unidades administrativas da margem esquerda do [rio] Dniester", afirmou a diplomacia moldava na rede social Telegram.
Segundo Chisinau, essas ações constituem uma "nova e flagrante violação das normas do direito internacional".
Na terça-feira, o embaixador russo na Moldova, Oleg Vasnetsov, foi convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros em Chisinau, onde foi informado da proibição de realização de eventos eleitorais fora da sede da missão diplomática russa.
No entanto, seis assembleias de voto foram abertas na Transnístria para as eleições presidenciais russas, que começaram na sexta-feira e terminam hoje.
Segundo as autoridades da Transnístria, quase um quarto de milhão de pessoas com passaportes russos vivem no território separatista, o que equivale a quase metade da população da autoproclamada República.
Os deputados da Transnístria recorreram recentemente a Moscovo para pedir ajuda face à crescente pressão da Moldova, que apoia a Ucrânia na guerra com a Rússia.
Inicialmente, o apelo da Transnístria da semana passada foi interpretado como um pedido de ajuda militar, mas as autoridades separatistas esclareceram que se tratava de um pedido de assistência estritamente política para reativar as negociações para resolver o conflito com o Moldova.
Em resposta, a Moldova negou estar a exercer pressão sobre a região separatista, após o Departamento de Estado dos Estados Unidos ter garantido que está a vigiar as ações da Rússia "muito de perto".
A Transnístria rompeu relações com a Moldova depois de um sangrento conflito armado em 1992, no qual recebeu assistência militar russa.
Hoje, encerra-se o terceiro dia destinado às eleições presidenciais na Rússia. O Presidente russo, Vladimir Putin, concorre a um quinto mandato.
Estas eleições deverão manter Putin no poder até 2030, ano em que completará 77 anos, com a possibilidade de um mandato adicional até 2036, devido a uma alteração constitucional feita em 2020.
Os russos mantêm um contingente militar na Transnístria e um arsenal que já foi estimado em 40.000 toneladas de armas e munições.
Leia Também: Pelo menos 74 detidos em protestos contra Putin. Número deve crescer
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