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Covid. Mais de 4 mil mortes de idosos podiam ter sido evitadas em Madrid

A Comissão de Cidadãos estima que, se tivessem sido levados para o hospital, pelo menos 4.000 teriam sobrevivido.

Covid. Mais de 4 mil mortes de idosos podiam ter sido evitadas em Madrid
Notícias ao Minuto

15:30 - 15/03/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Covid-19

Durante a primeira onda de Covid-19, um total de 7.219 pessoas morreram entre março e abril de 2020 em lares de idosos de Madrid. Terão morrido da pior forma possível, como descrevem os trabalhadores destes centros: Asfixiadas, desidratadas, sem sedação e sozinhas, muito sozinhas, sem poder despedir-se dos seus familiares.

Segundo o La Vanguardia, quatro anos depois, as suas famílias ainda aguardam uma investigação sobre o que aconteceu naqueles lares.

A Procuradoria de Madrid não considera necessário investigar, embora persistam as suspeitas de prática de crimes por parte da administração regional.

Assim sendo, as associações de familiares contrataram um grupo de peritos para investigar o sucedido, criando uma comissão de cidadãos, presidida pelo juiz emérito da Corte Suprema José Antonio Martín Pallín. 

Após dez meses de trabalho, esta comissão tornou público o relatório com conclusões claras: os idosos nos lares de idosos foram abandonados pela Comunidade de Madrid, que, através de um protocolo, estabeleceu que os infetados com dependência física ou cognitiva não fossem encaminhados para hospitais.

Foi prometido que as residências seriam medicalizadas (ordenado pelo Superior Tribunal de Justiça de Madrid), mas a realidade é que nunca aconteceu e os moradores morreram naqueles espaços de forma “horrível”, segundo contou um trabalhador a esta comissão de cidadãos.

Segundo o mesmo meio, a presidente Ayuso indicou há algumas semanas que estas pessoas iriam morrer de qualquer maneira, algo que o relatório nega: 65% dos idosos que foram encaminhados para hospitais durante os meses de março e abril tiveram uma taxa de sobrevivência de 65%. Aplicando esta taxa às 7.291 pessoas que morreram em lares de idosos sem serem encaminhadas, significaria que “mais de 4.000 pessoas poderiam ter sido salvas”, explicou Fernando Lamata, médico e especialista em gestão de saúde.

Leia Também: Covid. Esperança média de vida caiu 1,6 anos em todo o mundo

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