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Líbano apresenta queixa à ONU por causa dos últimos ataques israelitas

O Governo libanês deu instruções à sua missão permanente junto das Nações Unidas para apresentar uma queixa ao Conselho de Segurança contra Israel devido ao aumento dos ataques que causaram pelo menos três mortos.

Líbano apresenta queixa à ONU por causa dos últimos ataques israelitas

© Reuters

Lusa
13/03/2024 12:37 ‧ há 1 ano por Lusa

Mundo

ONU

Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros libanês exprimiu preocupação pelo aumento dos ataques, que poderá conduzir a uma guerra em toda a região.

O ministro dos Negócios Estrangeiros libanês, Abdullah Bou Habib, denunciou que os últimos ataques israelitas desta semana recaíram sobre a cidade de Baalbek, longe da fronteira onde estes confrontos têm habitualmente lugar, pelo que parece haver "uma vontade israelita de prolongar o conflito".

Habib apelou, por isso, à comunidade internacional para que pressione Israel a pôr termo à sua "agressão", que "continua a um ritmo acelerado", segundo o diário libanês L'Orient Le Jour.

A este respeito, Habib disse que espera que os membros do Conselho de Segurança condenem coletiva e unanimemente "a agressão israelita contra o Líbano" e se esforcem por "aplicar plenamente" as resoluções pertinentes, a fim de alcançar uma calma duradoura na fronteira sul do Líbano.

O exército israelita e o Hezbollah, partido da milícia xiita, intensificaram os confrontos na fronteira na sequência da campanha militar israelita na Faixa de Gaza em resposta aos ataques do Hamas, a 07 de outubro de 2023.

Terça-feira, a força aérea israelita bombardeou pelo segundo dia consecutivo alvos no vale de Bekaa (leste do Líbano), longe da fronteira comum, informou a rádio Al Nour, do grupo xiita libanês.

Segundo a estação emissora do Hezbollah, os mísseis atingiram um edifício no centro da cidade de Naih Shit, perto de um templo dedicado ao antigo líder do movimento xiita, Abbas Musawi.

O Estado judaico já tinha bombardeado na segunda-feira à noite vários pontos do vale de Bekaa, incluindo alvos perto de Baalbek, matando pelo menos uma pessoa e levando o Hezbollah a disparar uma centena de foguetes em resposta.

Os dois ataques israelitas na região são os mais graves desde o início do fogo cruzado em outubro passado e o pior combate entre as duas partes desde a guerra de 2006.

As duas partes têm estado envolvidas num intenso fogo cruzado desde 08 de outubro, um dia depois do início da guerra de Gaza, que já custou a vida a pelo menos 338 pessoas, a maioria das quais do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou 233 baixas da milícia, algumas delas na Síria.

Em Israel, 17 pessoas foram mortas no norte (10 militares e sete civis). Do outro lado da fronteira, pelo menos 321 pessoas morreram, incluindo 40 membros das milícias palestinianas, um soldado libanês e 47 civis, incluindo dez menores e três jornalistas, além dos combatentes do Hezbollah.

Os combates, os piores desde a guerra de 2006 entre as duas partes, têm-se tornado cada vez mais intensos ao longo dos meses e intensificaram-se com particular intensidade nas últimas semanas.

Atualmente, com o fracasso das tentativas da comunidade internacional para se obter um cessar-fogo em Gaza, teme-se que a troca de tiros quotidiana possa dar origem a uma nova guerra entre Israel e o Líbano.

Leia Também: EUA lideram primeira resolução da ONU sobre IA

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