"Com estas práticas provocatórias e de escalada, [Israel] inflama novas tensões injustificadas no campo de batalha, especialmente porque os seus postos de controlo militares e portões de ferro não têm qualquer função de segurança", denuncia o Governo da AP.
As autoridades palestinianas criticaram também a continuação dos bloqueios de estradas e dos postos de controlo militar, incluindo entre cidades e campos palestinianos, como "punição coletiva" para os seus habitantes, que podem ter de esperar horas nos postos de controlo para quebrar o jejum e almoçar com as suas famílias no Ramadão.
Segundo o ministério, que apresenta números ligeiramente superiores aos da ONU para 2023, Israel mantém cerca de 750 postos de controlo militar em toda a Cisjordânia, na sequência do ataque do Hamas, a 07 de outubro, que causou 1.200 mortos em Israel.
"A lógica militar baseada na brutalidade da força não proporciona segurança e estabilidade a ninguém", reiterou a AP no comunicado, apelando às Nações Unidas para que ativem o sistema de proteção internacional do povo palestiniano.
Com a chegada do Ramadão e a presença de mais forças policiais e militares israelitas, tanto na Cisjordânia como em Jerusalém Oriental, muitos temem uma escalada de violência.
O ano de 2023 foi já o mais mortífero na Cisjordânia ocupada em duas décadas, com mais de meio milhar de pessoas mortas, na sua maioria em ataques militares israelitas, segundo as autoridades palestinianas.
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